• Carregando...
Prédios e ônibus foram pichados pelos manifestantes: protesto reuniu 12 mil participantes | Gabriela Biló/Folhapress
Prédios e ônibus foram pichados pelos manifestantes: protesto reuniu 12 mil participantes| Foto: Gabriela Biló/Folhapress

450 mil usuários de ônibus em Florianópolis estão sem transporte em virtude da greve da categoria que completa hoje três dias. Os trabalhadores querem aumento real de 5% e uma jornada de seis horas diárias. Reunião na Justiça do Trabalho terminou sem acordo. A prefeitura autorizou que vans e micro-ônibus particulares transportem os passageiros.

Isenção do diesel

O governador Beto Richa assinou ontem o decreto que regulamenta a lei que desonera o óleo diesel usado no transporte público do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O decreto, aprovado pela Assembleia Legislativa no fim de abril, subsidia em R$ 38 milhões a tarifa dos ônibus. O desconto tributário deve beneficiar 21 municípios com mais de 140 mil habitantes.

Após quatro horas de uma marcha que começou na Avenida Paulista, atravessou o centro de São Paulo e voltou para a Paulista, o terceiro e maior protesto do Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento das passagens de ônibus, trem e metrô terminou em confrontos e destruição. A Praça da Sé teve prédios pichados e depredados. No Parque Dom Pedro, ônibus foram danificados. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas, incluindo um policial militar, e três foram presas.

Manifestantes quebraram lixeiras, pontos de ônibus e vidros de pelo menos nove agências bancárias, da Sé à Paulista. No Largo de São Francisco, a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) foi pichada. Na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, houve confusão quando o professor de uma academia de ginástica tentou impedir o vandalismo. Entre 10 mil e 12 mil pessoas participaram da manifestação, segundo a Polícia Militar (PM) – a estimativa da Guarda Civil Metropolitana foi de 2,5 mil.

A tensão aumentou quando manifestantes ameaçaram invadir o Terminal Parque Dom Pedro. Ônibus foram depredados e integrantes tentaram queimar um trólebus e uma caçamba de lixo. Foi quando a Tropa de Choque começou a atirar balas de borracha e bombas. Milhares de manifestantes que desciam a Avenida Rangel Pestana voltaram para a Sé quando o cheiro de gás lacrimogêneo ficou insuportável. Parte do grupo seguiu para a Paulista e parte para a Rua Conde de Sarzedas, em direção ao Glicério.

A marcha, engrossada por representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e alas jovens do PT e do PSol, além de estudantes de outros estados, foi marcada por bloqueios da PM em pontos-chave. Manifestantes começaram a se concentrar às 15 horas na Praça do Ciclista, na Paulista. Às 16h30, o volume de pessoas era tão grande que a via foi bloqueada no sentido Consolação. A intenção inicial – de tomar a avenida, seguir para a Câmara Municipal e terminar no Parque Dom Pedro – foi frustrada pelo cordão de isolamento da PM. A massa seguiu para a Consolação, acompanhada por Tropa de Choque e bombeiros.

Chuva

A chuva que caiu por volta das 18 horas chegou a dispersar alguns manifestantes, mas outros gritavam "vem para chuva, vem, contra o aumento". A marcha virou na Ligação Leste-Oeste, mas na Avenida 23 de Maio a PM novamente impediu que eles continuassem. O grupo seguiu para a Sé e para o Parque Dom Pedro, onde a Tropa de Choque os esperava.

Líderes do movimento incentivaram manifestantes a realizar novos protestos na quarta-feira, 12. Outro ato está marcado para quinta. A campanha começou na quinta-feira passada, 6, com um protesto que fechou a 23 de Maio, a Paulista e a 9 de Julho. Na sexta-feira, 7, a Marginal do Pinheiros foi bloqueada. Nos dois dias, também houve confronto.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]