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Moradores de Reserva, município da Região Central do estado, realizam amanhã um protesto pedindo justiça no caso da morte do presidente local do PC do B, Nelson Renato Vosniak. Nesse dia acontece a primeira sessão do ano na Câmara de Vereadores da cidade, onde será votado o pedido de cassação do presidente licenciado da câmara, Flávio Hornung Neto, assassino confesso de Vosniak. "A nossa intenção é que ele seja cassado", diz a viúva da vítima, Maria Fabiane Zampieri.

Licenciado também do cargo de vereador, Hornung não poderá participar da votação. Ao todo, oito vereadores decidirão se será aberto o processo. Para que o pedido de cassação prossiga são necessários os votos favoráveis de quatro parlamentares. Caso seja aprovado o pedido, será nomeada uma comissão de ética, que julgará se Hornung quebrou o decoro parlamentar e se poderá ter o mandato cassado.

Após a sessão, os moradores percorrerão as principais ruas da cidade. Com cartazes e faixas, eles pedirão que o assassino seja punido. Vosniak foi morto com quatro tiros no dia 15 de janeiro. De acordo com Luiz Carlos Vosniak, irmão da vítima, está prevista a participação de lideranças políticas da região na passeata.

O delegado que cuida do caso, Wallace Brito, entrega hoje o inquérito policial no fórum da cidade. Mesmo sem as conclusões dos laudos periciais, que devem ficar prontos nessa semana, de acordo com Brito existem provas e indícios de autoria no caso, que serão suficientes para a abertura de um processo contra Hornung.

Enquanto isso, Hornung continua amparado por um habeas-corpus, concedido pelo Tribunal de Justiça no dia 1.º de fevereiro. Após ficar alguns dias refugiado em uma propriedade rural da família, a 2 quilômetros do Reserva, o vereador licenciado caminha pelas ruas da cidade, sempre acompanhado por dois seguranças. Orientado por seus pais, ele ainda se recusa a dar entrevistas.

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