Para psiquiatra, criminoso é um sociopata
O responsável pela morte de Rachel Genofre ainda não foi identificado, mas se trata de um doente mental, com comorbidades, ou seja, tem a presença de mais de uma doença ao mesmo tempo. Para o psiquiatra forense Rui Fernando Sampaio, o autor do crime sofre de sociopatia (antes conhecida como psicopatia) e parafilia (atração por objeto sexual que não é o apropriado). No caso, a parafilia é do tipo pedofilia, doença em que o indivíduo tem atração sexual por crianças.
- Abuso sexual contra crianças se perpetua
Um grupo de cerca de 20 mulheres ligadas à União Brasileira de Mulheres (UBM) marcou presença na manhã de ontem, na frente da Rodoferroviária de Curitiba, para chamar atenção para o assassinato da menina Rachel Genofre, que completou ontem um ano sem solução. Rachel desapareceu no dia 3 de novembro de 2008, depois da saída da escola, e foi encontrada dois dias depois dentro de uma mala no setor estadual da rodoviária. De acordo com a autópsia, a menina morreu ainda no dia 3, depois de ser abusada sexualmente.
No ato público "Pelo fim da violência contra as mulheres e meninas" e "Pelo direito a uma vida sem violência", as mulheres seguravam faixas e se revezaram ao microfone para discursar. A mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo de Oliveira, não estava presente porque, de acordo com os organizadores, viajou a São Paulo para gravar uma entrevista sobre o caso em um programa nacional de televisão.
A tia de Rachel, Maria Carolina Lobo Oliveira, 30 anos, e a avó paterna, Aparecida Gomes de Oliveira, 63 anos, representaram os familiares da menina. "Nossos filhos saem de casa e não voltam mais. Precisamos dizer um basta. Precisamos de uma outra sociedade, uma outra ordem. Vamos fazer com que as outras crianças vivam", disse Maria Carolina.
Os familiares de Rachel aproveitaram para pedir que a população faça denúncias que ajudem a desvendar o crime. "Quem não denuncia é cúmplice e tão carrasco quanto quem está fazendo mal a nossas crianças", opinou Maria Carolina. "É impossível que ninguém saiba de nada que ajude a resolver esse caso", disse. Rachel desapareceu de um local público e movimentado e, do mesmo modo, seu corpo foi achado em um local público e movimentado.
A avó de Rachel, que mora no Litoral, lamentou a ausência da neta. "É uma tristeza só. Esse vai ser o segundo Natal que passamos sem ela. É um vazio muito grande. A Rachel costumava passar as férias comigo em Praia de Leste", lembra.
Missa
No dia 6 de novembro, às 19 horas, na Igreja São Cristóvão, haverá missa em homenagem à menina Rachel. A igreja fica na Rua Santa Catarina, 1.661, Vila Guaíra.
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