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Representantes de 63 entidades da sociedade civil e de órgãos públicos de 10 municípios da Região Sul do estado vão bloquear, na próxima quarta-feira, a BR-476, em um ponto próximo a União da Vitória. O fechamento da rodovia deve durar das 8 horas às 13 horas. O objetivo é sensibilizar o governo federal a promover obras emergenciais em duas pontes com problemas estruturais e recuperar 170 quilômetros de estradas entre União da Vitória e a Lapa, que estão em estado precário de conservação. O protesto só não ocorrerá se o governo federal der sinais concretos de que irá atender à reivindicação.

"A rodovia está acabada", justifica o prefeito de União da Vitória, Hussein Bakri. A situação da rodovia se tornou insustentável no início deste mês, com a interdição de uma ponte próxima a São Mateus do Sul, que mostrava sinais de comprometimento estrutural. O tráfego, explica Bakri, está liberado apenas para carros. Mas, como a maior parte do fluxo na estrada era de caminhões, a estrada perdeu cerca de 70% do movimento, que até a interdição era de aproximadamente 6 mil veículos diariamente. O desvio aumenta a viagem em 55 quilômetros e obriga os motoristas a passar em mais um pedágio.

A situação, diz o prefeito, prejudica a economia da região. União da Vitória é responsável por 20% da produção nacional de portas e janelas de madeira. Segundo ele, muitos caminhões que vêm do Sul com destino ao Paraná – e que antes passavam pela BR-476 – agora optam por um desvio pela BR-280, no território catarinense, para acessar a BR-116. Fazendo esse trajeto, porém, as carretas acabam passando pela área urbana de União da Vitória (PR) e de Porto União (SC), o que causa risco de acidentes.

Existe a expectativa de que o movimento seja engrossado por entidades catarinenses que precisam da BR-280 entre Porto União e Canoinhas. Atualmente, o protesto conta com interessados de União da Vitória, Lapa, São Mateus do Sul, Antônio Olinto, Paulo Frontin, Paula Freitas, Porto Vitória, Cruz Machado, General Carneiro e Bituruna.

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