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São Paulo – Com lançamento previsto para 15 de agosto, o programa de governo do PSDB deve ser mais "pé no chão" e com perfil social. A geração de renda e trabalho é o carro-chefe, segundo o coordenador do projeto, João Carlos Meirelles.

Meirelles diz trabalhar com metas qualitativas e evita falar em números. Não quer repetir o que chamou de erro do presidente Lula, que, em 2002, afirmou que pretendia criar dez milhões de empregos. "Não estamos falando de emprego, mas de trabalho", disse Meirelles, referindo-se a possíveis esforços para dar oportunidade de renda às famílias atendidas pelo programa Bolsa Família.

"No Brasil, infelizmente, você tem só 42% da força de trabalho empregadas. Não queremos esperar uma fórmula que tenha todos os trabalhadores empregados para resolver o problema. É preciso resolver já. Trabalho pode ser desde pipoqueiro na rua, integrar uma cooperativa ou ser um pequeno empreendedor.

O PSDB não arrisca divulgar metas de crescimento e de taxa de juros, mas, segundo Meirelles, o partido discute índices. Ele apresenta um patamar mínimo: crescer acima da média da América Latina, este ano estimada em 4,5%.

A paternidade do Bolsa-Família, aliás, é reivindicada pelos tucanos. Eles afirmam que vão manter o programa. Segundo Meirelles, não haverá recadastramento das famílias atendidas porque as distorções não teriam relevância. O PSDB também descarta a limitação de prazo de participação no programa, que será apresentado pelo partido durante o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, a partir do próximo dia 15.

"Nós criamos o Bolsa-Família no governo Fernando Henrique. Só não tinha esse nome. É uma síntese do Vale-gás e de outros programas, como o Bolsa-Escola. O Bolsa-Família juntou isso, o que está muito correto. Só elogios para o procedimento de fazer essa ordenação", afirmou Meirelles. Ele acrescenta que o programa será aperfeiçoado e que as regras para participação serão mais rígidas na cobrança de contrapartida das famílias.

Nordeste

O desempenho sofrível no Nordeste do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e a falta de comprometimento de líderes locais levaram o comando da campanha tucana a eleger a região como prioridade absoluta. O programa de governo para o Nordeste, que será lançado em Recife na próxima sexta-feira, está sendo tratado como um trunfo para tentar assegurar o engajamento dos políticos da região na campanha.

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