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Documento do PSDB que será divulgado hoje diz que o governo usou "artifícios estatísticos" e "contabilidade enganosa" no balanço de cem dias do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), divulgado na semana passada. Na análise feita pelo Instituto Teotônio Vilela, os tucanos afirmam que o "desempenho do PAC é pior do que o governo tenta fazer crer". Uma das críticas é que, no setor de energia, o governo deu pesos iguais a empreendimentos completamente diferentes.

Na contabilidade do PSDB, 18% da expansão de energia prevista no programa está comprometida e "é praticamente uma miragem". No balanço oficial, o governo apontou que 3,8% dos empreendimentos de energia estão comprometidos e, por isso, receberam sinal vermelho ("preocupante").

A análise do PSDB critica o fato de o governo ter tratado com a mesma importância uma pequena usina que está sendo construída em Mato Grosso – a Toricoejo –, com capacidade de gerar 76 megawatts e que recebeu sinal verde ("satisfatório") com a usina de Jirau, no Rio Madeira, que deverá gerar 3.326 megawatts, mas está parada por falta de licença ambiental e recebeu sinal vermelho. Diz um trecho do documento: "Como se vê, em potência instalada, uma Jirau equivale a 43 Toricoejo. Qual a utilidade de um balanço que junta no mesmo balaio, e as iguala, obras de grandezas tão díspares?"

O partido optou por fazer a comparação com base na capacidade de geração de energia de cada usina em vez de, como fez o governo, contar cada usina como uma obra. Pelo critério do PSDB, está "seriamente comprometida" a geração de 7.126 megawatts. Segundo os tucanos, é o equivalente a 18% da meta de ampliar a geração de energia em 39.806 megawatts "num horizonte que vai além de 2010".

A meta do governo é ampliar a produção de energia em 12.300 megawatts até 2010 e em quase 40 mil megawatts até 2015. A produção atual de energia no país é de pouco mais de 98 mil megawatts.

O PSDB critica ainda o fato de que, de 1.646 ações do PAC, apenas 109 foram detalhadas no balanço do governo.

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