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A utilização de alto-falantes em veículos é proibida pela legislação municipal. Porém, é comum ver pelas ruas da capital carros transitando com som alto, oferecendo pamonhas, sorvetes e sonhos. O responsável pela empresa Alfa Sonhos, Humberto Oliveira, afirma que os revendedores autônomos da marca são orientados para não utilizarem som alto. "Quando os veículos param, oriento os motoristas para baixar o volume ou desligar o som. Acho que não tem problema", afirma. Oliveira defende que se trata de uma situação fácil de ser controlada e que a proibição não deve existir.

Já o presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás do Paraná (Sinregás-PR), José Luiz Rocha, protesta pelo fato de as distribuidoras de gás terem sido totalmente proibidas de anunciar seus produtos em alto-falante. "Por que o gás não pode e virou moda os carros venderem produtos na rua? Isso é um questionamento que os revendedores de gás têm feito. A lei tem de ser para todos", afirma. "Imagine se todos os segmentos que vendem no varejo começarem a usar o alto-falante em cima do veículo."

Há cerca de dez anos a tradicional música do caminhão de gás foi abolida. Rocha diz que o trabalho de venda de gás é feito hoje de porta em porta, tocando a campainha e chamando o cliente. "Sinceramente não tenho opinião formada, mas quando me coloco como consumidor sinto que o som incomoda."

A professora de ioga Vilma de Oliveira, que rotineiramente é incomodada por ruídos de estabelecimentos comerciais e carros de som durante sua aula, compartilha da opinião. "O barulho é perturbador. Os alunos não conseguem se concentrar nem relaxar. Você está procurando se desligar, mas fica perturbado com o barulho."

Para o otorrinolaringologista Rogério Hamerschmidt, o ruído dos carros de som que passam nas ruas não afeta a audição, pois é passageiro. "Pode incomodar, mas não causará dano à saúde", diz. A principal orientação médica é que assim que iniciarem os zumbidos no ouvido, a pessoa procure imediatamente atendimento médico. "No início, se tratado corretamente, o paciente tem a possibilidade de reversão e de fazer um tratamento adequado para que não se instale uma perda auditiva definitiva", conclui. (BMW e AL)

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