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Os 1.066 professores ativos dos câmpus de Curitiba e São José dos Pinhais da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) foram convidados a analisar o futuro deles na instituição. Com isso, os mesmos têm a oportunidade de solicitar – por vontade própria – o desligamento do quadro de funcionários da universidade por meio de um Plano de Demissão Voluntária (PDV). O projeto foi lançado ontem e tem como meta diminuir o quadro atual de docentes em torno de 10% – cerca de 100 professores.

"Foi a alternativa mais justa e elegante que encontramos. Cursos foram fechados e novas contratações feitas ao longo de anos. Agora, não existe a necessidade desse número de professores", afirma o diretor de Marketing, Comunicação e Recursos Humanos da PUCPR, Carlos Echeverria.

O comunicado aos professores foi dado na última terça-feira, por e-mail. "Fomos pegos de surpresa. A idéia é diminuir o gasto da universidade pelo lado errado. Isso pode representar uma sangria de talentos e pode comprometer a qualidade de ensino", critica Valdyr Perrini, vice-presidente do Sindicato dos Professores de Ensino Superior (Sinpes) e professor de Direito Trabalhista na PUCPR. Perrini explica que o sindicato ainda não se posicionou a favor ou contra a medida adotada pela instituição, e acredita que essa seja uma alternativa para diminuir o número de professores mais antigos – conseqüentemente com salários maiores e mais benefícios. "O lado bom é que essa é uma forma mais civilizada de negociação com os professores. Não serão demissões sumárias", acrescenta.

Os professores que aderirem ao PDV receberão benefícios – um salário extra para cada quatro anos de serviço, manutenção de bolsas para o professor e dependentes até o fim do curso e retorno de 100% do plano de previdência privada, além dos direitos do fundo de garantia. O prazo de adesão acaba em 30 de novembro. Echeverria explica que os pedidos de demissão serão analisados separadamente até 15 de dezembro e que existe a preocupação da universidade para que cursos e alunos não sejam prejudicados com as baixas. "Caso não tenha a adesão esperada, infelizmente teremos de fazer isso unilateralmente", afirma o diretor.

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