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A Polícia Civil de Pato Branco, Sudoeste do Paraná, prendeu na quarta-feira (10) uma quadrilha suspeita de falsificar carteiras nacionais de habilitação (CNHs) no Paraná. O grupo teria ainda ramificações nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Dos presos, nove teriam participação direta nas falsificações e outros sete foram detidos por compra de documentos falsos.

Foram quatro meses de investigação que começaram após a polícia constatar um alto número de prisões ocorridas na região de Pato Branco de pessoas com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) falsa, segundo a delegada Franciela Biava. "Acreditamos, então, que os responsáveis pelas falsificações poderiam estar aqui", disse.

Após a identificação de suspeitos, a polícia cumpriu, na manhã de quarta-feira, dez mandados de prisão e 19 de busca e apreensão. Nove suspeitos de envolvimento direto com as falsificações foram presos, sendo que um dos procurados conseguiu fugir e a polícia ainda está no seu encalço. Outras sete pessoas foram presas em flagrante pois tentavam comprar carteiras falsas.

Conforme a delegada, os presos foram detidos em Frederico Westphalen (RS), Maravilha e Xanxerê (SC), Iguatemi (MS) e Pato Branco, Palmas e Clevelândia, no Paraná.

Os suspeitos de envolvimento direto no esquema vão responder por falsificação de documento público e organização criminosa. Os que foram detidos na tentativa de comprar as carteiras foram autuados por falsificação de documento público.

Esquema

Na casa dos suspeitos foram encontradas CNHs falsas, documentos utilizados para falsificação, máquinas para lavagem química - que utilizavam solventes para apagar os dados verdadeiros de documentos e, depois, conseguir imprimir dados falsos nas CNHs que seriam posteriormente vendidas. "A falsificação era perfeita, pois não danificava o papel", diz a delegada.

Segundo Franciela, o chefe do grupo teria se instalado na região de Pato Branco há pelo menos dois anos. Antes disso, ele teria atuado em Curitiba. "Quando ele se instalou na região, buscou membros de outras cidades e estados para conseguir clientes nesses locais", explica. isso levou a quadrilha a se ramificar pelo Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul.

A delegada disse que ainda não é possível dizer o montante movimentado pela quadrilha, mas, na venda das carteiras falsas, cada uma rendia entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil aos falsificadores. O valor variava de acordo com a categoria da CNH.

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