A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal deflagraram ontem a Operação Sustenido, cujo objetivo é desmantelar uma quadrilha que teria movimentado ilegalmente R$ 300 milhões entre o Brasil e o Paraguai. A suspeita é de que a organização praticava os crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas havia mais de três anos. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva, 28 de prisão temporária e seis de condução coercitiva, além de 43 mandatos de busca e apreensão. No Paraná, foram cumpridos 28 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. Também foram cumpridos mandatos de busca e apreensão em São Paulo, Santa Catarina e Mato Grosso.
O esquema, segundo a PF e a Receita, começava com 46 empresas de fachada. O responsável por essas empresas pagava boletos bancários cujas beneficiárias eram duas grandes companhias de Foz do Iguaçu, no Oeste. Em seguida, os proprietários dessas duas grandes companhias repassavam o valor dos boletos a outra empresa, dos mesmos proprietários, mas sediada no Paraguai. Para fazer as transferências sem despertar suspeitas, o grupo contava com o apoio de funcionários de instituições financeiras de Foz, além de dezenas de pessoas físicas. Estas, de maneira consciente, "emprestavam" seus nomes para a constituição das empresas fictícias.
No Paraguai, o dinheiro era transferido para uma casa de câmbio local, que, por sua vez, distribuía os valores para lojistas e traficantes paraguaios. Depois de toda a movimentação do dinheiro, lojistas e traficantes paraguaios enviavam mercadorias e drogas para empresários e traficantes brasileiros. O esquema era uma forma de despistar o verdadeiro objetivo da movimentação financeira, que era a prática do comércio ilegal de drogas e mercadorias.
Segundo a PF, foram nove meses de investigação. Os presos na operação devem responder pelos crimes de organização criminosa transnacional, operação de instituição financeira sem autorização, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As investigações agora serão feitas em cada ramificação do esquema.
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