As polícias civil e militar do Paraná desarticularam ontem uma quadrilha que lucrava R$ 1 milhão por mês com tráfico de drogas. A operação, batizada de Contestado por ter sido realizada na região onde ocorreu a guerra na divisa do Paraná com Santa Catarina, teve participação de 120 policiais e representantes do Ministério Público Estadual. A ação foi feita em nove municípios dos dois estados.
Até a tarde de ontem, 46 pessoas haviam sido presas. Foram cumpridos 48 mandados de prisão e 57 de busca e apreensão. Segundo a polícia, um dos líderes da quadrilha é John Michel Cardoso Lopes, conhecido por John Maycon. Ele cumpre pena por tráfico de drogas e comandava a rede de dentro da Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu.
A Operação Contestado deve terminar somente no final da tarde de hoje. De acordo com o delegado Agenor Salgado Filho, um dos coordenadores da ação, há parentes de políticos e um advogado entre os detidos. Os nomes não foram divulgados até o fechamento desta edição.
Cidades
A operação teve início às 6 horas da manhã em Curitiba, Foz do Iguaçu, Cascavel, Rio Azul, Cruz Machado, General Carneiro, Bituruna e União da Vitória, no Paraná, além de Porto União, em Santa Catarina. A maioria das detenções foi realizada em União da Vitória, município que servia de base para a quadrilha. O grupo trazia principalmente crack e maconha do Paraguai, passando por Foz do Iguaçu. "Nas demais cidades ficavam os fornecedores, que repassavam a droga", diz Salgado. "Estamos desarticulando uma quadrilha que agia havia dez anos."
As investigações que levaram à rede de traficantes começaram há três meses. De acordo com Salgado Filho, mais prisões podem ocorrer nos próximo dias. "Com a apreensão de alguns documentos, o Ministério Público pode pedir a quebra de sigilo bancário. Temos de descobrir para onde ia este dinheiro", afirma ele. Todos os presos e os objetos apreendidos serão encaminhados para União da Vitória.
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