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São Paulo (Folhapress e AE) – A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Scan para prender 55 pessoas de uma quadrilha de crackers que agia em sete estados furtando senhas bancárias pela internet. Foram movimentados R$ 300 milhões somente durante o ano de 2005, segundo o superintendente da PF na Paraíba, Francisco Leônidas Gomes da Silva.

Até o início da noite de ontem, 51 pessoas haviam sido detidas – 8 eram menores de idade.

A organização era comandada pelo estudante Emir Sanclair Leal de Melo, de 19 anos, que foi preso em João Pessoa, por volta do meio-dia de ontem.

Segundo a PF, a maioria dos demais jovens envolvidos tem entre 16 e 21 anos. A base da quadrilha estava situada em Campina Grande (PB) e ela agia também em São Paulo, Bahia, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraná.

Perícia

Na operação, a PF apreendeu cinco veículos, computadores, CDs, disquetes e documentos (comprovantes de depósitos e cartões de crédito). As máquinas passarão por uma perícia. Por meio dela, a PF espera encontrar pistas sobre o caminho que o dinheiro tomou, para tentar reavê-lo.

Os detidos irão responder pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado e por violação de sigilo e interceptação telemática ilegal.

A operação envolveu 330 policiais (300 só da Paraíba). As investigações correm desde maio do ano passado, após denúncias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, dando conta de que correntistas estariam sendo vítimas de golpes via internet, a partir de uma quadrilha enraizada em Campina Grande, de acordo com o delegado Cristiano Barbosa Sampaio, da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos.

Ressarcimento

A PF ainda não sabe precisar quantas pessoas foram lesadas pela quadrilha.

O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal garantem que os clientes não são prejudicados com a ação dos crackers presos pela Polícia Federal. Sempre que o cliente consegue provar que foi vítima de uma ação criminosa, ele é ressarcido pela instituição financeira. Os dois bancos reafirmam que não enviam e-mail aos clientes.

Em 2003 e 2004, a PF realizou as operações Cavalo de Tróia 1 e 2: 103 pessoas foram presas – a maioria no Pará. Os criminosos, que usavam um método similar, desviaram R$ 270 milhões em seis bancos.

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