
Decreto 4 de 1889 foi que regulamentou a introdução do brasão e do selo nacionais, logo a após a Proclamação da República. Diferentemente da bandeira e do brasão, porém, o selo é pouco conhecimento e visto apenas em documentos.
"primo pobre"
Selo é usado, basicamente, em documentos
O Selo Nacional do Brasil é baseado na esfera da própria bandeira. Nele há um círculo com os dizeres "República Federativa do Brasil". É usado para autenticar os atos de governo, os diplomas e certificados expedidos por escolas oficiais ou reconhecidas. O pesquisador Milton Luz afirma que o Selo é, entre os símbolos nacionais, uma espécie de "primo pobre". "De alguma forma, ele sofre de mal congênito, uma vez que, desde o nascimento, foi relegado à condição de uma espécie de símbolo menor", escreve Luz. O Selo foi criado pelo Decreto 4, de 1889, logo após a Proclamação da República.
Hino ficou 32 anos sem "letra padrão"
A marcha triunfal composta por Francisco Manoel da Silva em 1823 foi uma das formas de celebrar a Independência brasileira da coroa portuguesa. A sonoridade agradou a população e por decreto, em 1890, a composição musical transformou-se em Hino Nacional Brasileiro. Mas nenhuma letra se encaixava na composição. Por aproximadamente 32 anos, as pessoas cantavam o hino com letras diferentes e até mesmo inadequadas. Somente às vésperas do 1.º Centenário da Independência, em 6 de setembro de 1922, foi oficializada a letra definitiva do Hino Nacional Brasileiro, escrita por Osório Duque Estrada em 1909.
Em 1890, um ano após a Proclamação da República, o presidente Deodoro da Fonseca abriu um concurso para a oficialização de um novo hino. Esse concurso foi ganho por Leopoldo Miguez. Entretanto, a população não gostou da letra. Dessa forma, a composição de Miguez tornou-se Hino da Proclamação da República. Um novo concurso foi realizado para dar letra à música composta em 1822. No ano de 1909, o "Ouviram do Ipiranga", de Joaquim Osório Duque Estrada, sagrou-se vencedor.
Poucas vezes, o hino nacional foi tão cantado pelos brasileiros como nesta Copa do Mundo. Durante um mês, a população motivou a seleção canarinho com o hino cantado à capela e colorindo as ruas em verde e amarelo nas roupas, chapéus, bandeiras e cornetas.
Com a Copa do Mundo em casa, era de se esperar que os torcedores buscassem as mais variadas artimanhas para motivar a seleção. As câmeras de televisão chegaram a flagrar crianças nas arquibancadas chorando ao cantarem a canção.
A bandeira nacional também foi outro símbolo dessa Copa, enfeitando até mesmo capôs e espelhos de carros.
Esses dois símbolos nacionais são manifestações criadas para transmitir o sentimento de união nacional e mostrar a soberania do país. Segundo a Constituição, o Brasil possui quatro símbolos oficiais: a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional.
O pesquisador Milton Luz ressalta que um símbolo só tem legitimidade enquanto sua forma e conteúdo são integralmente respeitados. "Assim, qualquer alteração arbitrária ou leviana do seus elementos formais como figura, cor, movimento e som compromete seu significado e reduz sua capacidade de representação cabal", escreve o autor do livro A história dos símbolos nacionais, de 2005.
Brasil teve mais 13 versões
Após a proclamação da República, em 1889, uma nova bandeira foi criada para representar o país. Antes, o país já havia tido 13 bandeiras diferentes a cada mudança que acontecia, um novo símbolo nacional era criado.
Até a independência, usavam-se os mesmos estandartes de Portugal. Quando chegaram ao Brasil, os portugueses já usavam três bandeiras diferentes: a Ordem da Cruz de Cristo, o Pavilhão Oficial do Reino Português e a Bandeira de Dom João III.
A primeira bandeira criada para o país, a Bandeira do Principado do Brasil foi adotada entre 1645 e 1816. Nessa época, aparece a esfera de ouro o amarelo vemos ainda hoje na bandeira nacional.
A bandeira atual já dura mais de cem anos e foi idealizada por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos, com desenho de Décio Vilares, inspirada na antiga bandeira do Império, desenhada pelo pintor francês Jean Baptiste Debret. Aprovada por um decreto, de novembro daquele ano, manteve a tradição das antigas cores nacionais verde e amarelo do seguinte modo. Os dizeres "Ordem e Progresso" foi resultado da influência positivista, corrente filosófica popular naquele período.
As estrelas, que fazem parte da esfera azul representam a constelação Cruzeiro do Sul. Cada uma corresponde a um estado brasileiro e, de acordo com a Lei n.º 8.421 de 1992, deve ser atualizada no caso de criação ou extinção de um território. A única estrela acima na inscrição "Ordem e Progresso" é chamada Spica e representa o estado do Pará.
Ao longo da história republicana, a bandeira sofreu algumas alterações. Ganhou uma estrela em 1960 (pela criação do estado da Guanabara, após a transferência da capital do país para Brasília); ganhou outra estrela em 1968 (como o estado do Acre); e quatro em 1992, adequando-se à nova configuração de estados no Brasil (encampamento do estado da Guanabara pelo Rio de Janeiro, criação dos estados do Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Amapá e Roraima). A bandeira atual conta com 27 estrelas (26 estados mais o Distrito Federal).
Brasão representa a glória, a honra e a nobreza do país
O Brasão de Armas do Brasil foi encomendado pelo presidente marechal Deodoro da Fonseca e instituída pelo decreto n.º 4 de 19 de novembro de 1889. O Brasão representa a glória, a honra e a nobreza do Brasil. Ele foi idealizado por Arthur Sauer e desenhado por Luís Gruder. A data que aparece nas Armas é a da Proclamação da República.
Armas são formadas por um escudo redondo constituído em campo azul-celeste, contendo cinco estrelas de prata, dispostas na forma da constelação do Cruzeiro do Sul, com a bordadura do campo perfilada de ouro, carregada de estrelas de prata em número igual ao das estrelas existentes na Bandeira Nacional. O escudo azul repousa em uma estrela de cinco pontas, nas cores nacionais, verde e amarelo, no interior, e vermelho e amarelo, no exterior.
A estrela, por sua vez, se apoia em uma espada de dois gumes em posição vertical, com punho de ouro e guardas azuis, ornada por uma estrela.
O conjunto escudo-estrela-espada repousa sobre uma coroa formada por um ramo de café frutificado, à direita (esquerda do observador), e outro ramo de fumo florido, à esquerda.
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