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Rio de Janeiro (Das agências) – A campeã do carnaval do Rio de Janeiro será conhecida hoje. O título está disputado e quatro escolas aparecem como prováveis campeãs: Beija-Flor, que pode levar o quarto campeonato seguido, Vila Isabel, Mangueira e Unidos da Tijuca. Estas duas últimas desfilaram na noite de segunda-feira.

A Mangueira apresentou um enredo sobre o Rio São Francisco. Entrou com uma hora de atraso por causa do problema da Porto da Pedra – um carro alegórico quebrou –, mas levantou a platéia. A comissão de frente levava uma carranca que virava barco, do qual saía o coreógrafo Carlinhos de Jesus, sob muitos aplausos. Tudo sobre um pano azul que simulava a água do Velho Chico. De vez em quando, a coreografia reproduzia quadros de Cândido Portinari. Carlinhos foi otimista ao avaliar o desfile deste ano. "Ano passado tivemos problemas, sim, principalmente diante do quarto jurado. Mas este ano não. Este ano fomos impecáveis. Deus há de querer, este ano vamos ter as quatro notas dez", comemorou. A verde-e-rosa agitou as arquibancadas, que ficaram coloridas por bandeiras da escola.

Estandarte de Ouro

Mozart caiu no samba na Marquês de Sapucaí com a Unidos da Tijuca, que tinha a música como tema e o título Ouvindo tudo que Vejo, Vou Vendo tudo que Ouço, de Paulo Barros, já comparado com Joãosinho Trinta dos anos 70. Sob a batuta do compositor austríaco a escola do morro do Borel e da comunidade portuguesa da zona norte veio leve, descontraída, emocionante.

Logo no abre-alas, nobres austríacos do tempo de Mozart saíam de um disco para formar painéis com retratos de músicos brasileiros (Tom Jobim, Elis Regina, Elizeth Cardoso e Cazuza, entre outros). Este era também o formato da saia da primeira porta-bandeira, Lucinha. O carro da ópera tinha Mozart, novamente, e um DJ, mas no palco alternavam-se dançarinos de rua, Michael Jackson e Elvis Presley, numa coreografia que envolvia 210 pessoas. A música de cinema estava no carro do ET ou em alas que lembravam Cantando na Chuva, o filme de Stanley Donen. E houve também espaço para a música brega, no carro Fuscão Preto. A escola passou rápido na Sapucaí e, no fim, teve que diminuir o ritmo de seu desfile para completar os 80 minutos regulamentares.

A Unidos da Tijuca foi a grande vencedora do Estandarte de Ouro 2006, premiação concedida, há 35 anos, pelo jornal "O Globo" para os melhores do carnaval carioca. Pelo segundo ano consecutivo, a agremiação conquistou o título de melhor escola do Grupo Especial e ainda ganhou os prêmios de melhor bateria e melhor porta-bandeira.

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