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O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calan­dra, informou na sexta-feira em Teresina, no Piauí, que quatro juízes sofreram atentados nos últimos dois meses em quatro estados brasileiros: Ceará, Mi­­nas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, em consequência de de­­cisões judiciais ou liminares que concederam.

Henrique Calandra disse que no Ceará os pais de uma juí­­za foram torturados, amordaçados e tiveram combustível jo­­gado sobre seus corpos para que fossem incendiados vivos. Segundo ele, os pais da magistrada Sergia Miranda só não foram incendiados vivos porque o fósforo não acendeu. A mãe dela tem 68 anos e o pai, 80. As agressões aconteceram 24 horas depois da concessão de uma liminar, e os agressores comentaram que a razão seria essa.

Em Minas Gerais, na cidade de Nova Serrana, uma juíza so­­freu atentado à bomba. Além dis­­so, foram incendiados o fó­­rum em que a juíza trabalhava e os processos. Outra juíza so­­freu atentando na cidade de Rio Claro, em São Paulo. No Rio de Ja­­neiro, no município de São Gon­­çalo, um juiz sofreu uma ameaça grave. Ele denunciou o caso à AMB.

O pre­­sidente do Colégio Perma­nen­­te de Presidentes dos Tri­­bunais de Justiça, desembargador Marcus Faver, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, disse que estão aumentado as ameaças contra os magistrados e, por outro lado, existem de­­núncias de irregularidades contra juízes. Para ele, alguns confundem e, ao invés de combater a máfia, se associam a ela.

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