Quatro meses após acidente, Ilha do Mel segue sem sinalização

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Quase quatro meses após a morte por afogamento de um turista alemão - o maestro Christian Buss, 38 anos -, ainda não foram instaladas placas de sinalização que indiquem áreas de risco na Ilha do Mel, no Litoral do Paraná. Em 18 de agosto, 14 integrantes da Orquestra Musikverein Echo Ubstadt, de Frankfurt, passeavam na Praia de Fora e foram surpreendidos pela forte correnteza e por ondas que atingiram 1,5 metro de altura. O grupo foi arremessado nas pedras, causando a morte de Buss e ferimentos em outros dois turistas.

Logo após o acidente, o Corpo de Bombeiros de Paranaguá afirmou que iria instalar placas de sinalização indicando que o local é perigoso. Porém nada foi feito até agora.

Segundo o capitão Jonas Emmanuel Benghi Pinto, do Corpo de Bombeiros, as placas de alerta aos turistas serão colocadas durante a Operação Verão, que terá início dia 15 de dezembro. Antes da instalação, os surfistas voluntários do Projeto Salva Surfe, treinados para auxiliar pessoas em situação de risco na ilha, receberão orientações sobre a localização das placas e treinamento de reciclagem. "Vamos também reforçar a sinalização existente nas praias de Fora e Encantada, principalmente nos pontos de chegada dos barcos", afirma o capitão. Segundo Pinto, a sinalização será também em inglês.

Segundo Sérgio Olas, um dos surfistas voluntários que participou do resgate dos alemães, a Praia de Fora é bastante perigosa. Tanto que outros acidentes aconteceram após a morte do maestro. Olas afirma que situações como essa poderiam ser evitadas com as placas de alerta. "O nosso trabalho é retirar o pessoal do canal e alertar sobre o perigo, pedindo que se banhem no meio da praia. Com as placas, teremos menos trabalho porque as pessoas ficarão sabendo do perigo", diz.

Olas conta que um caso semelhante ao dos alemães aconteceu dia 20 de novembro com três universitários paulistas que surfavam perto do Morro do Farol, lado esquerdo da praia. Eles também foram arrastados pela correnteza, mas foram resgatados pelos voluntários apenas com escoriações leves.