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Quatro pessoas suspeitas de sustentar um esquema de sonegação de impostos foram presas na manhã desta quinta-feira (17) no Paraná e em Santa Catarina durante a Operação Medusa 2 - uma extensão da ação policial de mesmo nome realizada há dois meses e que resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas servidores da Receita Estadual. Uma pessoa ainda está foragida.

Os quatro detidos são ligados à empresa Sercom Distribuidora de Combustíveis, com sede em Londrina, no Norte do Paraná, e filiais em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, e em Florianópolis, em Santa Catarina. Na empresa, não havia nesta quinta-feira alguém disponível para falar sobre as acusações.

As investigações apontaram que a Sercom era procurada por usinas ou então distribuidoras de álcool combustível que queriam comercializar o álcool sem pagar impostos. Desta maneira, segundo a polícia, a Sercom vendia suas notas fiscais para outras empresas cobrando de R$ 0,02 a R$ 0,07 por litro declarado na nota. Além disso, para conseguir que o esquema fosse ainda mais lucrativo, a Sercom imprimia diversas notas com a mesma numeração - uma seguia o trâmite normal, ou seja, pagava o imposto e era declarada para a Receita Estadual, mas as outras eram vendidas em branco para outras empresas aumento o lucro. A Receita estima que a quadrilha tenha sonegado pelo menos R$ 15 milhões.

O suposto líder da quadrilha, Antônio Sérgio Testa, de 45 anos, foi preso numa chácara em Londrina, no Norte do estado. Em Curitiba, a polícia deteve Alexssandro Nunes Benevides, 35, que seria sócio da empresa, e Willena Stresse, 25 anos, procuradora legal da Sercom. Mauro Sérgio Agiberte de Souza, de 38 anos, foi preso em Florianópolis (SC) - ele seria o responsável pela filial da empresa na capital catarinense. Os quatro presos responderão pelos crimes contra o consumidor, formação de quadrilha, estelionato e corrupção.

Os policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC) cumpriram quatro dos cinco mandados de prisão expedidos e os 12 de busca e apreensão, que resultou no recolhimento de computadores, documentos e dois carros importados. A polícia ainda procura Paulo Roberto Testa, 47, irmão de Antônio, que aparece como sócio da Sercom. Para o delegado chefe da DEDC, Marcus Michelotto, a investigação terá desdobramentos, "pois há fortes indícios da participação de servidores públicos, inclusive do alto escalão de outros poderes".

As investigações começaram há oito meses. A Operação Medusa foi realizada pela primeira vez há cerca de dois meses. Em 7 de março, a polícia prendeu 15 pessoas. Dias depois, a Justiça decretou a prisão preventiva de nove pessoas acusadas de distribuição ilegal de combustíveis.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari, após deflagrada a Operação Medusa, em março, o governo do estado aumentou em R$ 4 milhões a arrecadação com o ICMS da comercialização do álcool combustível.

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