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Quatro policiais militares presos pelo assassinato da juízaPatrícia Acioli, ocorrido em 11 de agosto, são acusados pela polícia de, 11 dias antes da morte da magistrada, terem executado um jovem de 14 anos na Favela do Salgueiro, em São Gonçalo. Os PMs teriam tentado encobrir o crime forjando um auto de resistência (registro de morte em confronto com a polícia), segundo investigações da 72 DP (São Gonçalo).

O objetivo do crime seria intimidar a mãe do adolescente, principal testemunha da morte de Diego da Conceição de Beline, de 18 anos, ocorrida em 3 de junho. O último ato de Patrícia Acioli foi decretar a prisão de oito PMs suspeitos da morte do rapaz. Parentes da vítima afirmam que ele tinha emprego.

O tenente Daniel Santos Benitez Lopes, o sargento Charles de Azevedo Tavares e os cabos Jefferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão Junior, do 7 BPM (São Gonçalo), teriam ido à comunidade em busca de testemunhas da morte de Diego. Na época, o batalhão era comandado pelo tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, preso sob a acusação de ser o mentor da execução da juíza.

Segundo a polícia, o adolescente foi levado pelos policiais até uma localidade conhecida como Palmeira Gêmea, onde foi torturado.

Para forjar o auto de resistência, segundo a polícia, os policiais disseram ter ido checar uma denúncia anônima e trocado tiros com nove bandidos. Eles apresentaram na delegacia uma pistola, munição, drogas e uma mochila com documentos do chefe do tráfico local. Eles apontaram o jovem morto como um de seus seguranças.

A mãe do adolescente já prestou depoimento ao Ministério Público, que aguarda apenas o relatório da delegacia para denunciar os policiais. Ameaçados, ela e outros parentes teriam deixado a Favela do Salgueiro.

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