Queda de marquise em Maringá assusta

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Maringá – Uma marquise de concreto e um painel de publicidade caíram, na manhã de ontem, no Centro de Maringá. O acidente ocorreu por volta das 8 horas num prédio onde funciona o Consórcio União, na Avenida XV de Novembro, em frente à prefeitura, local de fluxo intenso de pedestres. Por sorte, não houve feridos.

Um grupo de 12 funcionários se preparava para uma reunião no Consórcio União quando houve a queda, seguida de forte barulho e tremor nas instalações. "Caiu tudo de uma vez", lembrou a assistente administrativa Ingrid Donega, que havia acabado de entrar na loja quando ocorreu o desabamento. "Meu anjo é forte, mas eu fiquei muito assustada."

O painel que ficava na parte superior da fachada da loja foi trocado por um novo, há quatro meses, para dar maior visibilidade às informações da loja para quem passa pelo local. Por conta do acidente, a empresa permaneceu fechada durante o período da manhã e a calçada onde ficaram os entulhos foi interditada até o fim da limpeza.

A direção do consório entrou em contato com a imobiliária (o imóvel é locado), com a seguradora e com o Corpo de Bombeiros. Foram feitas fotografias da fachada e do entulho para a perícia. "Temos suspeitas de que muitas destas marquises e painéis são feitos sem acompanhamento técnico", disse o capitão Jair Pereira, da Defesa Civil da cidade. que vai oficializar a prefeitura e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) para que tomem as providências cabíveis.

O capitão comentou que um plano de vistoria estava em andamento na cidade para fiscalizar este tipo de obra. Porém, a campanha emergencial da dengue na região fez com que o efetivo da Defesa Civil ficasse voltado para as ações contra o mosquito Aedes aegypti. O trabalho será retomado no dia 21. Pereira explica que os estabelecimentos da Avenida Brasil serão alvo de um teste para definir o planejamento da vistoria em toda a cidade. Isso porque há informações de que os painéis e marquises da avenida foram feitos em material inadequado e que não suportariam grandes pesos de estruturas metálicas e de alvenaria. Para piorar a situação, há denúncias de que moradores e pessoas que trabalham em prédios da via costumam jogar lixo e água nas marquises, o que colabora para fragilizar as estruturas.