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A crescente queda na umidade relativa do ar em todo o Paraná vem preocupando a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil que trabalha em estado de alerta em todas as regiões do estado. A situação foi agravada pela recente massa de ar polar e seco que chegou ao Sul do país, e que derrubou as temperaturas no estado.

Enquanto o tempo esfriava, a umidade do ar – quantidade de vapor de água na atmosfera – caía na mesma proporção. Desta forma, o ar frio e desprovido de umidade acaba trazendo reflexos na saúde da população, causando irritação nas mucosas dos olhos e aumentando o índice de casos de doenças respiratórias. No meio-ambiente, a estiagem associada à baixa umidade torna o Paraná um campo fértil para incêndios.

Segundo a Defesa Civil, os índices mais baixos de umidade relativa do ar na tarde desta quarta oscilaram entre 15% e 20% na região dos Campos Gerais e no Sul - quando o normal fica na casa dos 50% e 75%. Em Curitiba, os valores ficaram em 19%. Os dados do Instituto Tecnológico Simepar demonstram que nos próximos dois dias as temperaturas devem subir gradativamente e agravar ainda mais o atual quadro. As chuvas, que poderia amenizar a situação, não devem cair antes de domingo. (Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira)

As principais conseqüências são sentidas rapidamente pela população. As pessoas passam a sentir garganta e narinas secas, irritação nos olhos, na pele e os lábios ficam ressecados, podendo ocorrer, inclusive, o sangramento pelo nariz. Esses sintomas podem se agravar quando se pratica exercícios físicos ou esforços entre as 10h e 16h. Outra conseqüência é o aumento dos casos de doenças respiratórias como pneumonia, asma, rinite, sinusite, entre outros, principalmente em crianças.

Quadro preocupa

O quadro preocupa e requer a colaboração da população. "Recomendamos que as pessoas bebam muita água, mantenham os ambientes úmidos com vaporizadores, toalhas molhadas ou recipientes com água, e também evitem fazer exercícios físicos embaixo de sol forte", comenta o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, chefe da Seção Operacional da Defesa Civil. Outras medidas como evitar aglomerações em ambientes fechados, permanecer em locais protegidos do sol e fazer uso de soro fisiológico para os olhos e as narinas são outras ações que ajudam nesse período de ar mais seco.

Meio-ambiente

Os incêndios também preocupam os órgãos governamentais em épocas de estiagem e baixa umidade. As recentes geadas que ressecaram as pastagens no interior do estado também contribuem de forma significativa para que os focos de fogo apareçam. "Só em 2006 já atendemos pelo menos seis mil focos de incêndios no Paraná. Esse número ultrapassa em 12,5% os índices de incêndios registrados no ano passado", alerta o tenente Pinheiro. Contra isso, não há remédio. "A dica é não fazer qualquer tipo de queimada e torcer para que chova o quanto antes", complementa.

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