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Histórico

É a quarta vez nas últimas duas décadas que a empresa é alvo de ocupação do MST. A empresa já teve dois terços, o que correspondem mais de 50 mil hectares, desapropriados para a reforma agrária. Os assentamentos Ireno Alves, Celso Furtado e Marcos Freire, formados a partir de terras da empresa, formam a maior área de assentamento da América Latina.

Um novo protesto organizado por entidades representativas de Quedas do Iguaçu, no Centro-Sul do Paraná, contra a invasão de terras na fazenda Araupel pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), está marcado para ocorrer hoje. Desta vez, os manifestantes pretendem fazer dois atos, um no centro da cidade com uma celebração religiosa, e outro no pedágio da BR-277, em Nova Laranjeiras. A prefeitura decretou ponto facultativo e os órgãos públicos não abrirão, inclusive escolas municipais e estaduais. A Associação Comercial e Industrial de Quedas do Iguaçu (Aciqi) informou que o comércio também estará com as portas fechadas.

A ideia é levar milhares de pessoas às ruas contra a ocupação que aconteceu há duas semanas. O temor é de que a empresa interrompa a produção, afetando a economia da cidade.

Na tarde de ontem aconteceu uma reunião entre representantes da empresa, do MST e do governo do estado, na sede da superintendência do Incra em Curitiba. Mas a negociação não avançou.

O Incra apresentou à empresa a mesma proposta que o MST já havia sugerido em outras três reuniões anteriores. Pela proposta, as cerca de duas mil famílias permaneceriam acampadas na área onde estão até que se defina a questão judicial. A Araupel recusou novamente a proposta e um novo encontro foi agendado para a próxima semana, no Incra em Brasília.

A Araupel denunciou que os integrantes do movimento estariam cortando pinheiros na área de reflorestamento. Um boletim de ocorrência foi registrado. A reportagem tentou contato com lideranças do MST para comentar as acusações, mas não obteve resposta.

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informou que também está intermediando uma proposta de desocupação, para se chegar a uma solução pacífica na área pertencente à Araupel. Enquanto ocorrem as negociações, equipes da Polícia Militar permanecem no local.

Desde a ocupação, o MST diz que não pretende ir para outra área porque a maioria dos acampados são filhos de assentados das antigas terras da Araupel. Eles não querem ir para longe das famílias.

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