Rio O Clube dos Cabos e Soldados do Rio de Janeiro oferece recompensa de R$ 2 mil para quem der informações que leve à prisão assassinos de policiais no estado.
"Pode ser qualquer caso, inclusive de policiais civis e não apenas dos PMs mortos nos últimos dias", afirmou o presidente da entidade, tenente Jorge Lobão. A campanha, divulgada em cartazes instalados nos ônibus que circulam pela cidade, é "um protesto e um recurso diante da morosidade das investigações", segundo ele. "Não vejo resultados rápidos nas investigações. Elas são incompletas. Pessoas não são ouvidas, testemunhas não são localizadas e muitos casos caem no esquecimento", declarou o tenente.
Esta é a segunda vez que a entidade oferece recompensa por informações sobre assassinos de policiais. Lobão afirma que a primeira campanha resultou na prisão de três criminosos.
"O índice de homicídios de policiais esclarecidos é idêntico aos casos envolvendo civis, ou seja, apenas 2% das mortes investigadas termina com o culpado preso", avaliou.
Crime hediondo
Ele defende que o Congresso torne crime hediondo o homicídio de policiais e defende a paralisação da Polícia Militar caso o governo estadual não reajuste os salários da tropa em 54,38%, índice defendido pelas associações que representam a categoria. "O governo nos responderá até o dia 15 de abril sobre o reajuste. Até agora, o quadro de nossas péssimas condições não se alterou. Sabemos que o governador Sérgio Cabral e comandante-geral da PM, Ubiratan Ângelo, são novos em seus cargos, mas algo precisa ser feito", disse Lobão.
Já são nove os policiais assassinados desde a última sexta-feira. O terceiro-sargento Hélio Ricardo Porto Valentino foi a última vítima. Ele foi morto na Pavuna, zona oeste do Rio, em uma tentativa de assalto na noite da última terça-feira, quando voltava para casa.
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