A Polícia Rodoviária Federal (PRF) mapeou 15 trechos de rodovias federais considerados os mais perigosos do País. Juntos, esses pontos representam apenas 0,5% da malha federal, mas, no ano passado, foram responsáveis por 302 mortes nas estradas. Os números apontam também uma mudança de paradigma: se antes os acidentes estavam ligados a rodovias esburacadas, sem acostamento e com curvas tortuosas, esse ranking mostra que o perigo maior está ao lado das cidades, em locais aparentemente seguros.
As constatações fazem parte do Mapeamento Nacional de Pontos Críticos, recém-concluído pela PRF. O ranking dos trechos mais perigosos foi elaborado com base na quantidade de acidentes com morte ocorridos em 2009, divididos em extensões de 20 quilômetros. Com exceção de um único ponto - na região de Tijucas do Sul, zona rural do Paraná -, todos os demais estão em áreas urbanizadas, principalmente ao lado das capitais.
"O estudo mostra que aquela história de que acidentes nos trechos urbanos só provocam prejuízo é furada", diz o inspetor da PRF Alexandre Castilho. A corporação atribui o aumento de acidentes graves próximos das cidades ao crescimento populacional. "Muitos trechos de rodovias viraram avenidas. Também houve uma melhora nas condições das rodovias e muitas pessoas levam isso como estímulo para exceder a velocidade.
O levantamento da PRF aponta que os trechos mais perigosos estão espalhados por dez Estados brasileiros. Eles foram responsáveis por 284 acidentes com mortos no ano passado. À primeira vista, o número pode parecer pequeno em relação ao total de casos estimados pela PRF, pelo menos 6,5 mil. No entanto, eles se concentram em 300 quilômetros e a malha rodoviária federal é superior a 56 mil quilômetros.
'Campeão'
O trecho mais perigoso está entre os quilômetros 0 e 20 da BR-316, em Ananindeua (PA), na Grande Belém. A rodovia federal é a principal ligação entre as cidades e, no ano passado, aconteceram ali 34 acidentes graves, com 36 mortes.
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