Um relâmpago tem intensidade de 30 mil ampéres, o equivalente a mil vezes à de um chuveiro elétrico| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo | Montagem sobre foto: Carlos Bovo

Seus direitos

O consumidor que tiver prejuízos por danos elétricos causados por perturbação ocorrida no sistema elétrico pode pedir ressarcimento para a concessionária de energia. Saiba como solicitar:

• O cliente tem prazo de 90 dias a partir da data da ocorrência para pedir o ressarcimento;

• Uma comissão analisa os pedidos e dá seu parecer;

• Solicitações de danos em aparelhos elétricos podem ser feitas pela internet, telefone, postos de atendimento da Copel ou Correios. Outros tipos de ressarcimento só na Copel ou Correios;

• Não é necessário apresentar documentos para registrar o pedido de ressarcimento. No entanto, fica a critério da Copel pedir mais informações para análise da solicitação;

• A empresa pode fazer uma inspeção no equipamento danificado, o que pode ocorrer em até dez dias corridos após o registro;

• O processo de ressarcimento é indeferido caso o cliente providencie a reparação, sem aguardar os prazos de inspeção;

• O resultado do pedido é informado em até 15 dias corridos após a vistoria ou do registro de solicitação. Já o pagamento sai em até 20 dias corridos da confirmação de deferimento;

• Outros tipos de danos, que não em aparelhos elétricos, serão analisados em no máximo 30 dias. Se deferido, o pagamento ocorre em até 90 dias corridos, a contar do recebimento da solicitação de ressarcimento.

Fonte: Copel

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Correntes indiretas

Raramente uma pessoa é atingida diretamente por um raio – a chance média é menor do que um para 1 milhão, mas a probabilidade aumenta de um para mil se ela estiver em um descampado. Nesses casos, a morte é imediata. Em geral, as pessoas são atingidas por correntes indiretas, que vêm pelo chão. A corrente do raio pode causar queimaduras e outros danos ao corpo. Já as mortes são causadas por parada cardiorrespiratória.

De repente, o céu azul e ensolarado dá lugar ao cinza que logo fica quase preto. Pronto, está formado o temporal, com direito a raios, relâmpagos e trovões. Há pesquisas que indicam que o aquecimento global também está colaborando para a formação de mais tempestades severas, o que faz com que mais raios cortem os céus. Portanto, vale redobrar a atenção.

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No verão esse cenário de chuva é mais comum no Brasil, que é um dos países com maior incidência de raios por quilômetro quadrado em todo o mundo. De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat/Inpe), cerca de 60 milhões de raios atingem o solo tupiniquim todos os anos, quase dois por segundo. E o Paraná é o quarto estado onde isso mais ocorre: a incidência é de 11,3 raios por quilômetro quadrado em um ano.

Os raios e relâmpagos são descargas elétricas formadas no interior de grandes nuvens, as cumulonimbus, a partir de cargas elétricas geradas pelo choque de partículas de gelo que estão dentro das nuvens. Quando há uma determinada quantidade destas cargas, uma faísca dá início ao relâmpago. Em geral, eles têm uma intensidade de 30 mil ampéres, o equivalente a mil vezes à intensidade de um chuveiro elétrico.

A diferença entre os dois é que apenas os raios se conectam ao solo. E depois do clarão, vem o barulho: o trovão é o som produzido pelo aquecimento e expansão do ar nessa região atmosférica. E seu barulho pode ser dos grandes: pode chegar a 120 decibéis, equivalente a um show de rock.

O coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior, lembra que o relevo, a distância da costa marítima, a urbanização e a latitude geográfica influenciam na incidência dos raios. "O Paraná está entre os estados de grande incidência [no Brasil], sendo a Região Oeste a mais atingida", comenta. Foz do Iguaçu, que fica no Oeste do estado, por exemplo, tem incidência de raios de 14,6 por quilômetro quadrado, contra 7 em Curitiba, na Região Leste, e 10 em Guaraqueçaba, no Litoral.

E se engana quem pensa que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. O dito popular é um mito – e a descarga elétrica não escolhe bem um lugar para cair. Na verdade, eles costumam "repetir" um local quando há condições de atração. Um exemplo é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que é atingido anualmente por uma média de seis raios, de acordo com o Elat. Por isso, cuidar nunca é demais: no Brasil, entre 2000 e 2010, cerca de 1,4 mil pessoas morreram em decorrência de raios, e a maioria das vítimas eram homens e os acidentes ocorreram entre a primavera e o verão.

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TempestadeNo meio de um temporal, o melhor é se proteger. Veja o que você deve fazer para evitar problemas com raios:

• Procure ficar dentro de casa e só saia se for absolutamente necessário;

• Se estiver na rua, busque abrigo em veículos não conversíveis, construções que possuam proteção contra raios, abrigos subterrâneos (metrô) ou construções com estruturas metálicas fechadas;

• Na rua, ainda evite segurar objetos metálicos longos, não empine pipas ou brinque com aeromodelos e não ande a cavalo;

• Tempestade não é hora de praticar atividades agropecuárias ao ar livre. Essa é uma das circunstâncias que mais matam pessoas no Brasil por causa de raios;

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• Em casa, evite usar telefones com fio, se afaste de tomadas, canos, janelas e portas metálicas e não toque em equipamentos ligados à rede elétrica. Também cuide para evitar acidentes ao recolher roupas no varal;

• Evite lidar com material inflamável, em recipientes abertos;

• Procure não manusear estruturas e equipamentos metálicos, porque eles atraem as descargas elétricas;

• Alguns lugares devem ser evitados como pequenas construções, veículos sem capota, locais próximos de árvores e linhas de energia ou aqueles muito descampados, como praias e campos de futebol;

• Um para-raios protege a edificação, então, cuide porque acidentes por imprudência podem acontecer;

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• Nosso corpo dá sinais de que um raio está prestes a cair nas proximidades: pelos arrepiados e pele coçando exigem atenção; Nesse caso, curve-se para frente e coloque as mãos nos joelhos e a cabeça entre eles. Não deite!

Fonte: Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Elat) e Copel