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Para conseguir agendar uma consulta especializada numa Unidade de Saúde de Curitiba, Alex Sandro Ribeiro Pontes, 28 anos, decidiu fazer greve de fome. Segundo o músico, desde setembro de 2005 ele tentava marcar uma consulta com um otorrinolaringologista, mas a previsão era de que só haveria vaga um ano depois. Estudando canto no Conservatório de Música de Curitiba há dois anos, Pontes ficou com medo de que algum problema na garganta afetasse sua voz.

A manifestação, em frente à Igreja do Rosário, no Largo da Ordem, começou ao meio-dia de terça-feira, depois que ele recebeu a notícia de que a bolsa que recebia para cursar canto foi cortada. A família conta que Alex ficou desesperado.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, a consulta já estava marcada para a próxima quinta-feira. A justificativa para a demora de cinco meses foi o problema crônico que causa filas de espera em pelo menos 19 das 120 especialidades oferecidas pelo sistema de saúde de Curitiba.

O secretário de Saúde e vice-prefeito Luciano Ducci explica que a prefeitura tentou amenizar o problema através do contrato de gestão com os hospitais universitários que disponibilizam especialistas para atender a população pela Central de Marcação de Consulta. A estratégia fez diminuir em pelo menos três meses a fila de espera. Atualmente, a especialidade que tem mais demanda é a endocrinologia, com um tempo médio de espera de seis meses. Ainda segundo o secretário, quando a pessoa prefere ser atendida por um determinado médico, o agendamento pode demorar mais tempo.

Além da consulta marcada, Alex conseguiu a bolsa do conservatório de volta por mais seis meses. Mas a história ainda não teve um final feliz. O músico diz que só desiste da greve se o prefeito Beto Richa ou o governador Roberto Requião forem até o local. "Não é uma afronta, peço um ato humano para marcar o fim do meu sofrimento", disse. A assessoria de imprensa da prefeitura considerou o assunto encerrado. A assessoria do governador informou que ele não estava na cidade no final da tarde de ontem e não foi encontrado para comentar o assunto.

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