Procurado pela reportagem, o ex-presidente do Instituto Ambiental do Paraná, Victor Hugo Burko, considerou a prisão dos funcionários do IAP e a citação de seu nome nas escutas telefônicas da Polícia Federal "uma piada, uma brincadeira de mau gosto". Já o ex-secretário do Meio Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues, disse ter consultado seu advogado, que o tranquilizou afirmando que seu nome não consta no inquérito e que as escutas não citam os funcionários do IAP.
Rasca negou qualquer irregularidade e diz que "a PF saberá identificar todos aqueles que participaram das irregularidades". Já Burko, que estava em São Paulo fazendo um tratamento de saúde, informou que leu todo o processo e disse não haver provas concretas contra os servidores do Instituto.
Burko e Rasca têm a mesma opinião sobre o analista de contas Sérgio Buzato, funcionário do Tribunal de Contas do Estado, que citou o ex-presidente do IAP e o ex-secretário nos telefonemas. "Ele quer demonstrar que tem intimidade com o poder", disse Rasca. "Não conheço esse Buzato, mas parece que ele gosta de mostrar poder", afirmou Burko, que criticou a ação policial. "Esse Buzato fala algumas coisas e eles (a PF) saem prendendo meio mundo". Para o ex-presidente, o responsável pelo vazamento da escuta telefônica à imprensa tem que ser punido porque o processo está em segredo de Justiça.
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