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Série já vendeu mais de 4 milhões | Divulgação/Redoctone
Série já vendeu mais de 4 milhões| Foto: Divulgação/Redoctone

Brasília – O reajuste salarial dos deputados e dos senadores, que até o fechamento desta edição ainda não tinha sido votado pela Câmara, aumentará em 27,76% a despesa anual com a remuneração dos parlamentares. Na Câmara, os gastos com os salários dos 513 deputados aumentarão de R$ 102 milhões para R$ 130 milhões com a entrada do reajuste em vigor. No Senado, os gastos com os salários dos 81 senadores saltarão dos atuais R$ 15,4 milhões por ano para R$ 20 milhões.

Os parlamentares ganham 15 salários por ano, porque, além do 13.º, recebem duas ajudas de custo de valor igual ao salário no início e no fim do ano legislativo (de fevereiro a dezembro). O presidente da República, o vice e os 37 ministros, que também terão seus vencimentos reajustados, recebem 13 salários por ano.

Caso os reajustes tenham sido autorizados, os salários passam a ser: deputados e senadores – de R$ 12.847,20 para R$ 16.512,09. Presidente da República – de R$ 8.885,48 para R$ 11.420,21. Vice-presidente e ministros de Estado – de R$ 8.362,00 para R$ 10.748,43.

O reajuste proposto para os salários dos parlamentares, do presidente, do vice e dos ministros corresponde à reposição da inflação oficial entre dezembro de 2002 e março de 2007, medida pelo Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA). Levando-se em conta esse período, o porcentual de reajuste é de 29,81%.

Inicialmente, a proposta do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para reajustar o salário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era a de equiparar o valor ao dos vencimentos dos parlamentares. Nesse caso, o reajuste seria de 82%, mas Lula mandou avisar que se contentaria com a reposição da inflação dos últimos quatro anos.

Além dos salários, deputados e senadores têm outros benefícios para exercer o mandato. No caso dos senadores, os benefícios são maiores. Eles têm direito a carro com motorista e 25 litros de combustível por dia, por exemplo, que os deputados não têm. Os gastos com telefones e Correios também favorecem os senadores. Os senadores têm cota postal que varia de acordo com o número de eleitores de cada estado, ficando entre R$ 3 mil e R$ 66 mil. Os senadores podem usar os seus telefones celulares e gastar com ligações de seus gabinetes sem limite. Além disso, têm a verba de R$ 500 para conta de telefone residencial. Os deputados têm uma cota única postal e de telefone de R$ 4.268,55 Os deputados que são líderes, vice-líderes, presidentes e vice-presidentes de comissões têm a cota maior, de R$ 5.513,09.

Os senadores também têm direitos maiores sobre os impressos custeados pelo Legislativo. Enquanto os senadores podem usar até R$ 8,8 mil por ano da gráfica, a cota dos deputados é de R$ 6 mil por ano para imprimir documentos e material de expediente. Deputados e senadores têm direito a contratar funcionários, mas o esquema é diferente. Na Câmara, os deputados têm a verba de gabinete no valor de R$ 50.815,62 para contratar até 25 funcionários. No Senado, a contratação segue outro rito.

Deputados e senadores têm em comum a verba indenizatória de R$ 15 mil, destinada exclusivamente ao ressarcimento de despesas com aluguel, manutenção de escritórios, locomoção e alimentação, entre outras relacionadas ao exercício do mandato parlamentar. Senadores e deputados também têm as duas ajudas de custo por ano no valor igual ao salário, auxílio-moradia de R$ 3 mil, cotas de jornais e revistas e ainda cota de passagens aéreas que varia de acordo com o estado de origem do parlamentar.

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