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Campo Mourão – Uma rebelião na carceragem da delegacia de Goioerê, na Região Centro-Oeste do estado, deixou nove presos feridos e parte da delegacia destruída, ontem. Quatro detentos escaparam. Os 66 presos se rebelaram após uma tentativa de fuga em massa frustrada por volta da meia-noite e meia. O motim só terminou ontem por volta das 10h30.

Quatro detentos conseguiram escapar depois de serrar uma tela de proteção no solário. Como o alarme da cerca elétrica disparou e alertou os policiais de plantão, os presos retornaram para as celas e iniciaram a rebelião. Durante a madrugada, os policiais civis tentaram uma negociação, mas os detentos exigiam a presença de um representante do poder Judiciário, que só visitou a delegacia depois do fim da rebelião.

Ainda durante a madrugada, para tentar conter os detentos, a luz e a água da carceragem foram cortadas. "Era uma forma de cansar os presos e forçar eles a terminar a rebelião", diz o delegado Édson Rosa. Segundo ele, os motivos foram fúteis em decorrência da tentativa de fuga frustrada. "A única reivindicação era a presença da juíza. Eles tinham todos os direitos atendidos e a situação era confortável, então não havia motivos para iniciar a rebelião e destruir tudo".

Além de arrancar todas as portas da ala A e destruir a fiação elétrica da carceragem, os presos quebraram vários vidros da delegacia atirando pedras de concreto da cela na parte administrativa. "Isso que me deixa mais sentido, a delegacia estava em fase final de pintura", lamentou o delegado.

Segundo ele, toda a estrutura passou por reformas por conta da última rebelião em setembro do ano passado. "Vamos ter de reformar tudo novamente".

Por volta das 10h30, os detentos exigiram a presença da imprensa e colocaram fim a rebelião. Todos foram transferidos para o solário. Os feridos foram atendidos no hospital municipal de Goioerê e retornaram para a delegacia, que tem capacidade para 32 detentos, mas estava superlotada com 66 presos.

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