A rebelião promovida por 90 presos no Bloco 3 da Casa de Custódia de Maringá (CCM), no Noroeste do Paraná, desde segunda-feira (29) pode terminar na manhã dessa quarta-feira (31), após mais de 40 horas de duração. As negociações com os presos foram retomadas às 5h30, por equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar. Dois agentes penitenciários ainda estão sob o poder dos presos.
Na manhã dessa quarta-feira, o quinto agente penitenciário feito refém foi liberado com algumas escoriações. No início da rebelião, sete agentes foram feitos reféns dois deles foram liberados ainda na segunda-feira, sendo que um deles precisou ser levado para o Hospital de Sarandi por causa de alguns ferimentos nas costas. Outros dois agentes foram soltos ao longo da terça-feira (30).
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (Sesp), o diálogo com os presos tem avançado, mas não há maiores detalhes sobre os entraves da negociação. A liberação do quinto refém, no entanto, indicaria que o fim da rebelião pode acontecer a qualquer momento.
A Casa de Custódia de Maringá tem 650 vagas e atualmente está com 636 homens. A rebelião acontece semanas depois de parte de a unidade ter sido reconstruída, após uma rebelião ocorrida em setembro de 2011. Na ocasião, os detentos reclamavam da demora no andamento dos processos, de maus tratos e da qualidade da comida.
Reivindicações
Inicialmente, os presos pediram por assistência jurídica, médica e melhoria na qualidade da alimentação. O maior entrave seria a solicitação de transferência de presos, item que não deverá ser atendido uma vez que o governo do estado editou resolução que proíbe transferências de detentos pedidas durante rebeliões.
Histórico
Essa é a 24ª rebelião em cadeias e penitenciárias no estado em 2014. Ao longo do ano, 53 agentes foram feitos reféns nesses motins, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson.
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