• Carregando...
Até o dia 5 de março, as passagens compradas no cartão antes do reajuste, que passa a valer a partir de zero hora de sexta-feira (6), vão continuar sendo descontadas no valor de R$ 2,85 | Walter Alves/Gazeta do Povo
Até o dia 5 de março, as passagens compradas no cartão antes do reajuste, que passa a valer a partir de zero hora de sexta-feira (6), vão continuar sendo descontadas no valor de R$ 2,85| Foto: Walter Alves/Gazeta do Povo

Tira-dúvidas

Entenda como funciona o sistema de cartão-transporte da Rede Integrada de Transporte (RIT):

• Quais as diferenças entre o cartão usuário e o avulso?

O cartão usuário é o que já existe e exige um cadastro prévio, com a apresentação de documento com foto, CPF e comprovante de residência. Esse modelo tem a primeira via gratuita, permite carregar até o limite de 220 créditos, limite de créditos usados por dia e bloqueio com transferência de saldo para novo cartão em caso de roubo ou extravio. A segunda via custa o valor de cinco passagens. Já o cartão avulso vai custar R$ 3 e pode ser carregado com até 25 créditos. O modelo não pode ser bloqueado, nem limitar a quantidade de créditos usados por dia e não faz integração temporal.

• Por que o cartão avulso tem um custo de R$ 3 para a aquisição?

O valor cobre os custos de confecção, distribuição e imposto do cartão que será revendido em bancas de jornal, inicialmente.

• Por que o cartão usuário tem a primeira via gratuita?

Porque existe um decreto que determina que seja assim. O custo é bancado pela Urbs, nesse caso.

• Preciso morar em Curitiba para ter um cartão usuário ou avulso?

Não é preciso ser morador de Curitiba para ter qualquer um dos cartões.

• Se eu não tiver cartão, posso pagar com dinheiro o valor da passagem?

O dinheiro só será aceito como forma de pagamento nas estações-tubo, terminais e ônibus com cobrador. Os micro-ônibus só aceitam pagamento em cartão desde agosto de 2014.

• Por que não posso pagar a passagem no micro-ônibus com dinheiro?

Para atender uma determinação da Justiça do Trabalho, que determinou que o motorista não pode cobrar a passagem, a Urbs optou por tornar o cartão transporte o único meio de entrar nesses ônibus e ampliou os pontos de venda para isso. A escolha dessa modalidade foi tomada para evitar o aumento de custo na tarifa com a adaptação dos coletivos e contratação de mais pessoal.

• Onde fazer o cartão-transporte e o cartão avulso?

O cartão-transporte pode ser feito na unidade da Urbs na Rodoferroviária e Ruas da Cidadania, das 8h30 às 17 h. Já os modelos avulsos podem ser adquiridos em um dos 26 pontos de venda, como bancas de jornal e lanchonetes localizadas em pontos de alto fluxo de usuários do transporte coletivo.

• Como fazer a recarga do cartão?

Você pode procurar a unidade da Urbs na Rodoferroviária e Ruas da Cidadania, das 8h30 às 17 h. Nesses locais, não há custo extra. Quem optar por recarregar o cartão em um dos 26 pontos de venda avulso, paga uma taxa extra de R$ 1. Já pelo site da Urbs, o usuário desembolsa uma taxa de R$ 1,60 a mais pela emissão do boleto bancário, exceto para pagamento no Banco do Brasil.

Quando há anúncio de reajuste da tarifa do transporte coletivo é comum haver uma corrida aos postos de compras para que o usuário faça um 'estoque' de passagens pagando o valor antigo. No entanto, o usuário de ônibus deve ficar atento para o valor que vai carregar. Isso porque o poder de compra com a tarifa antiga só vale por um período de 30 dias, contando a partir da data do reajuste.

Desse modo, até o dia 5 de março, as passagens compradas no cartão antes do reajuste, que passa a valer a partir de zero hora de sexta-feira (6), vão continuar sendo descontadas no valor de R$ 2,85. A partir do dia 6 de março, passará a ser debitado do saldo do cartão a tarifa nova, fixada em R$ 3,15, mesmo que a compra de crédito tenha sido realizada antes do reajuste.

Atualmente,se um usuário quiser carregar o cartão transporte com dinheiro suficiente para andar 60 vezes de ônibus em um mês (sem considerar o preço da tarifa domingueira), ele vai desembolsar R$ 171. Com esse mesmo valor em dinheiro, mas considerando a nova tarifa de R$ 3,15, ele poderá andar de ônibus 54 vezes e terá um saldo de R$ 0,90 centavos no cartão.

Desde novembro de 2014, a contagem de créditos no cartão-transporte usado na Rede Integrada de Transporte (RIT) não é mais feita pela quantidade de viagens pela tarifa cheia, mas sim pelo valor em dinheiro. A medida foi adotada para permitir os descontos da linha Circular Centro e da tarifa domingueira, cujo custo é menor que a tarifa da RIT.

Reajuste

A Prefeitura de Curitiba anunciou o reajuste da tarifa do transporte coletivo por meio de nota em seu site na tarde desta terça-feira (3). A partir da zero hora de sexta-feira (6), a tarifa de ônibus em Curitiba passa dos atuais R$ 2,85 para R$ 3,15, para pagamento em cartão-transporte, e R$ 3,30, para pagamento em dinheiro.

De acordo com a prefeitura, a atual tarifa vigorava desde março de 2013. Em julho daquele ano, depois das manifestações, o preço da passagem caiu para R$ 2,70. Esse reajuste é o segundo em poucos meses: em novembro de 2014, a prefeitura já havia reajustado a tarifa para R$ 2,85. Segundo o executivo municipal, a correção de R$ 0,30 (10,5%) não recompõe a inflação dos últimos dois anos – aproximadamente 12%.

Um dos fatores que mais pesa na composição da tarifa, ressalta o município, é a remuneração dos motoristas e cobradores. Gastos com salários e encargos sociais correspondem a 48% do total da tarifa. Desde 2011, o reajuste médio da categoria está na casa de 10% ao ano. Em 2015, as negociações ainda estão em andamento. A primeira audiência de conciliação entre trabalhadores e patrões foi realizada nesta segunda-feira (2), sem acordo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]