Receita tem dificuldade em identificar novos produtos contrabandeados

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Nem brinquedo, nem cigarro. Agora o que os sacoleiros mais estão comprando no Paraguai são instrumentos musicais, remédios e equipamentos médicos.

Até o mês passado, a maior parte da muamba que lotava o barracão da Receita Federal era de cigarros, perfumes e outros objetos de baixo valor, mas hoje, o que se vê é uma diversidade de mercadorias que impressiona até mesmo os funcionários. Com tal diversificação, a Receita tem pedido ajuda para conseguir identificar muitos produtos.

O número de brinquedos e de perfumes já não é tão grande quanto o volume de contrabando caro. Um televisor de plasma, de 42 polegadas, por pouco não foi queimado quando os sacoleiros colocaram fogo nos ônibus, durante a última apreensão. Aparelhos usados por médicos para fazer exames nos olhos estão avaliados em R$ 25 mil. E na mesma carreta onde estavam os equipamentos médicos, foram apreendidos kits para exames de DNA e remédios para tratamento de aids. Além deles, havia também aparelhos para navegação e lâmpadas para carros de luxo.

Mas o que mais assustou os funcionários da Receita Federal foi uma caixa com veneno. De acordo com um técnico do Ministério da Agricultura, uma colher do produto pode matar até cem pessoas.

Veja alguns produtos na reportagem em vídeo