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Uma menina recém-nascida foi encontrada morta na fossa sanitária de uma casa na zona rural de Cândido de Abreu, na região central do estado, na última sexta-feira (22). Segundo a delegacia do município, o bebê foi atirado na latrina pela própria mãe, que afirmou não saber que estava grávida. A escrivã Patrícia Cintra, que trabalhou no caso, contou que a criança já estava no fosso há dois dias quando os policiais a acharam. Ao ser ouvida pela investigação, a jovem confessou o crime.

"A menina disse não saber que estava esperando uma filha, e os pais dela também alegaram não ter conhecimento da gravidez", contou. Segundo a policial, a família relatou ter voltado do trabalho para almoçar em casa, por volta de 10h da manhã, quando a menina se sentiu mal. "Nesse momento ela foi ao banheiro, perdeu sangue e disse que viu um ‘troço’ saindo dela", narrou a escrivã.

O "troço" era uma menina que, conforme foi descoberto depois, havia nascido sadia, com os nove meses regulares de gestação, 47 cm de altura e pesando 3,1 kg. De acordo com a polícia, a mãe contou que inicialmente tentou afogar a criança no vaso sanitário dentro de casa, mas não conseguiu, mesmo tendo chegado a pisar nela.

Desesperada e perdendo sangue, teria corrido para a latrina fora da propriedade (a popular "casinha"), atirado o bebê no buraco e fugido em busca de socorro. Mais tarde, na unidade de saúde do distrito de Teresa Cristina, a jovem mãe teria sofrido uma hemorragia. De início, ela não afirmou que tinha dado à luz, mas acabou admitindo diante das perguntas da equipe de saúde. A enfermeira que prestou atendimento foi quem fez a denúncia à polícia.

Quando encontrado, o bebê já estava morto. O Instituto Médico Legal (IML) de Ivaiporã levou o cadáver, e vai apurar a causa exata da morte da criança. A avó deu à menina o nome de Alana.

Por não ter sido detida em flagrante, a mãe ficará em liberdade enquanto durarem as investigações, mas deverá responder por infanticídio. De acordo com a delegacia, a suspeita declarou que o pai da criança não tinha conhecimento de nada, e ele não será responsabilizado. O caso também será encaminhado ao Ministério Público (MP).

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