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Restos de móveis e utensílios domésticos que contêm produtos recicláveis foram destinados aos lixões dos municípios paranaenses afetados pelas enchentes sem uma separação prévia. "Foi tudo para o lixão. Lá temos catadores que separaram o que deu para separar", admitiu o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Sengés, Moisés Lupion Neto. Segundo ele, o município tem projeto para a construção de um aterro controlado, mas devido aos prejuízos causados pela chuva em fevereiro, quando cinco pessoas morreram na cidade em decorrência dos alagamentos, a proposta vai ter de esperar para ser colocada em prática. A cidade busca recursos do governo federal para fazer a dragagem do Rio Jaguaricatu, mas ainda não tem um retorno.

Em São José da Boa Vista, conforme o secretário municipal de Meio Ambiente, Idomeu Merlo Filho, o aterro teve as cavas alagadas no início de fevereiro, justamente no período em que aumentou o volume de lixo devido aos entulhos recolhidos nas caçambas. "Muito pouco foi reaproveitado", confirma Filho.

Conforme o secretário estadual de Meio Ambiente e Recur­sos Hídricos, Rasca Rodrigues, não há um programa de reciclagem, mas o órgão aconselha as prefeituras a "fazer o reaproveitamento de acordo com a lei". "O lixo orgânico é mais suscetível a esse tipo de impacto porque se decompõe e gera gases, mas o lixo inerte, como colchão, roupa e sapato, tem um impacto menor porque pode ser reaproveitado", acrescenta.

A situação parece se repetir na maioria dos municípios. A prefeitura de São Paulo, que convive com frequentes inundações, não tem nenhum programa de reciclagem dos entulhos gerados pelas enchentes. A atuação é apenas preventiva. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente mantém um programa de parques lineares para recuperar as margens dos rios e minimizar os efeitos das enchentes.

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