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O garoto David Fernando Leal, de 10 anos, que morreu baleado na noite de 1.º de maio, na Vila Jurema, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), foi executado e não morto por engano como se pensava. A certeza do assassinato veio ontem à tarde, após a reconstituição do crime feita pela polícia. "Não houve tiroteio entre gangues. David foi assassinado com um tiro na nuca disparado por Elias de Oliveira Reis", concluiu o superintendente da delegacia local, Altair Ferreira. Elias, 21 anos, é conhecido no bairro pelo nome de Diego e já estava preso desde o dia do crime.

Em trabalho conjunto, as polícias Militar e Civil cercaram o local da reconstituiçao e ouviram todos os envolvidos no crime e testemunhas. Com as acareações e com base em um longo processo de investigação, a polícia apurou que Elias teria armas escondidas na residência de uma irmã, Rosemar Oliveira dos Reis, 26 anos, que mora ao lado da casa de David.

De acordo com os policiais, no dia do crime, o acusado foi buscar na residência da irmã a pistola 380 (usada no dia do assassinato) e um revólver 32. As armas foram entregues por Romildo Aparecido Ribeiro, 21 anos, preso por envolvimento na morte do garoto e considerado testemunha-chave para o desenrolar do caso.

"Quando ele pegou as armas no portão da casa com Romildo, deu de cara com o David. Deve ter ocorrido algum diálogo entre os dois, já que se conheciam. Quando o menino virou as costas, Elias disparou contra a nuca do garoto. Romildo confirmou que depois de ter entregado as armas ouviu três disparos", afirmou Ferreira. A polícia informa que um dos três disparos dados pelo acusado partiram da pistola 380. Mesmo assim, ambas as armas continuam desaparecidas. A polícia não sabe dizer ainda por qual motivo Elias disparou.

A mãe de David, Maria Aparecida Coutinho Leal, acompanhou toda a reconstituição. Emocionada, ela chorava a todo o momento. "Eu quero que seja feita justiça. Foi um filho meu que perdi", disse. Durante as acareações, mais duas pessoas foram presas, Rosemar, irmã de Elias, por coação de testemunhas, e Luís Carlos Barbosa, 45 anos, por falso testemunho.

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