A Polícia Técnica realiza quarta-feira (3) a reprodução simulada da morte da auxiliar de serviços gerais Cláudia Silva Ferreira, 38 anos, com a presença dos oito policiais envolvidos na ação e remoção da vítima num camburão do 9° Batalhão da Polícia Militar (PM), para o hospital. Durante o trajeto, a porta da caçapa (local destinado a carregar presos) se abriu e o corpo de Cláudia foi arrastado por cerca de 300 metros (m) pela Estrada Intendente Magalhães, em Campinho.
Todos os passos serão reconstituídos pela perícia: desde o momento em que a vítima foi atingida por um tiro na parte alta do morro da Congonha, em Madureira, no dia 16 de março, até ser transportada em um camburão da PM para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes.
O delegado Carlos Henrique Machado, encarregado das investigações sobre a morte de Cláudia, disse hoje que a prova testemunhal já foi produzida, a maior parte das perícias já foi feita e os laudos foram recebidos pela delegacia. "Como permanecem algumas divergências e a principal delas é identificar de onde possa ter partido o tiro que matou a senhora Cláudia, esclarecer isso é o nosso objetivo de hoje".
De acordo com o policial, todos os personagens envolvidos no caso foram chamados a participar da reconstituição e todos "esses personagens serão posicionados pelo perito. Vamos confrontar [todos os passos] para poder concluir se ela foi alvejada por traficantes ou policiais militares", disse.
O delegado Carlos Henrique Machado disse que toda a reprodução simulada da morte de Cláudia deve levar cerca de quatro horas. A partir daí vai ser gerado um laudo, que será concluído em 30 dias e anexado a o acervo da investigação. Caso não surja nenhum fato novo ou nenhuma testemunha relevante, um relatório final vai ser produzido a encaminhado ao Ministério Público.
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