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Numa cerimônia emocionada, a redação do Jornal Gazeta do Povo parou seus trabalhos por cerca de trinta minutos, na manhã desta sexta-feira, para uma homenagem ao jornalista e ex-diretor de jornalismo da Gazeta do Povo, Arnaldo Alves Cruz, que morreu há um ano, aos 55 anos de idade.

A redação do jornal passa a se chamar Redação Arnaldo Alves da Cruz. Na placa, colocada na redação, diz que "A grande responsabilidade que pesa sobre a imprensa consciente é a de promover a interação social, abrindo o debate entre todas as correntes de pensamento de forma tão equilibrada e coerente que os problemas se resolvam pela força da liberdade de expressão. Arnaldo Alves Cruz". A cerimônia contou com a presença da família de Arnaldo, amigos, além da direção e jornalistas da Gazeta do Povo.

O diretor de jornalismo da Gazeta, Nelson Souza Filho, lembrou que foram mais de trinta anos de uma presença diária, "uma presença não apenas física, mas marcante pela força do seu caráter, simplicidade de ser, espírito de coleguismo e, sobretudo, competência no fazer aquilo que ele mais gostava: uma Gazeta do Povo a cada dia melhor".

"Arnaldo foi um dos jornalistas que mais contribuíram para fazer desta Gazeta do Povo o sucesso que ela é. Ele me ensinou muito sobre jornalismo, mas principalmente sobre a vida", afirmou a vice-presidente Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, representando a direção do jornal.

"Arnaldo é um homem surpreendente. Assim definiria esse idealista, apaixonado por aviões, por causas, por pessoas", disse Ana Amélia.

Nelson Souza Filho e Ana Amélia terminaram seus discursos dizendo que a Gazeta do Povo está colhendo os frutos das sementes plantadas por Arnaldo - citando o bom momento vivido pelo jornal.

Biografia

Arnaldo Cruz iniciou sua carreira no Diário Popular, de Curitiba, e na então TV Paranaense, Canal 12, A Pioneira.

Ingressou nos quadros da Gazeta do Povo nos anos 70, marcando com talento e dedicação sua passagem pelos diversos cargos que ocupou, de repórter a editor e, finalmente, como diretor de Redação.

Como repórter, um batalhador pelas causas dos cidadãos comuns, foi o responsável pela criação da página Direitos e Deveres do Consumidor, inicialmente uma simples, mas combativa coluna. Muito antes da elaboração do Código de Defesa do Consumidor, Arnaldo já se lançara na batalha para fundar a Adoc (Associação de Defesa do Consumidor), da qual foi presidente e, na seqüência, um consultor sempre de plantão.

Ainda na Gazeta, com dedicação e persistência, ajudou a esquematizar todas as campanhas vitoriosas do jornal, idealizadas pelo diretor, jornalista Francisco Cunha Pereira Filho, em defesa dos interesses do Paraná. Uma resultou na instituição do pagamento de royalties pela Usina de Itaipu aos municípios da região - uma forma de compensação pela perda de áreas agricultáveis em função da formação do lago.

A mais recente foi para a instalação do sistema ILS no Aeroporto Internacional Afonso Pena, para acabar com o problema da falta de teto em dias de neblina.

Da televisão para o jornal, a notável contribuição de Arnaldo chegou à internet. Foi decisivo na criação do Portal OndaRPC, na época com o nome de TudoParaná.

Também foi sob sua direção que a Gazeta ganhou o seu primeiro prêmio Esso de Jornalismo, em dezembro de 2004.

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