Rede de proteção ao idoso entra em debate

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Dois dias de discussão e muito trabalho. Foi assim que começou a semana de 600 pessoas reunidas na 4ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada em Curitiba. Delegados, observadores e convidados levantaram estratégias de políticas públicas em todos os níveis – municipal, estadual e federal – para garantir e ampliar a Rede Nacional de Proteção aos Direitos da Pessoa Idosa (Renadi). A rede é composta por toda a estrutura de atendimento médico, social, jurídico e de assistência social que trabalha com a terceira idade.

As conferências têm como objetivo principal divulgar e fazer cumprir o Estatuto do Idoso, que completa 5 anos em outubro. De acordo com a presidente do Conselho Municipal do Idoso de Curitiba, Letícia Raymundo, a crescente participação dos mais velhos nas reuniões é um aspecto positivo que precisa ser destacado. A discussão não fica restrita aos agentes de saúde e autoridades que promovem o atendimento. "Eles estão mais envolvidos nas decisões que afetam suas vidas. Conscientes dos seus direitos, eles brigam para que sejam respeitados", aponta. A responsabilidade pelas conquistas gera mais pressão sobre administrações públicas e governantes. "O crescimento da população idosa obriga os governantes a pensarem nas cidades a longo prazo, criando equipamentos e serviços para absorver o fenômeno do envelhecimento", revela.

As propostas foram elencadas em cinco deliberações em cada eixo de atenção à pessoa idosa: educação, lazer, saúde, previdência, financiamento, violência, controle social, defesa de direitos e assistência social. "Agora, as deliberações aprovadas aqui serão defendidas na conferência nacional pela delegação paranaense, que vai a Brasília em outubro com 28 representantes", explica a presidente do Conselho Estadual dos Direitos dos Idosos, Shirley Follador Scremin.

Educação

A preocupação com a qualidade de vida dos idosos leva a linhas de ação que podem ter efeito mais amplo do que o atendimento. O Paraná é o primeiro estado brasileiro a estabelecer um curso técnico de cuidados ao idoso na rede pública de ensino. As aulas serão ministradas em dez escolas estaduais – em Curitiba, serão duas unidades em 2009 e três em 2010 – e começam em fevereiro do ano que vem. A mão-de-obra treinada vai atender a diferentes demandas: criar uma alternativa de emprego e renda ao mesmo tempo que ajuda a preencher vagas para profissionais bem preparados em um mercado de trabalho que cresce a cada dia. O curso terá duração de 2.400 horas, e exige que o aluno tenha concluído o ensino médio. As matriculas serão realizadas no calendário da rede de ensino estadual. "O número de alunos vai depender da procura. A expectativa é formar pelo menos duas turmas por escola", explica a conselheira da CEDI, Bernadete Dal Molin Schenatto.

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Serviço

Confira os colégios estaduais onde serão ministrados os cursos de cuidados aos idosos :

Curitiba - colégios Guido Straube, Professora Maria Balbina Costa, São Pedro Apóstolo (2010); Londrina - colégio José Aragão; Maringá – colégio Gastão Vidigal; Foz do Iguaçu – colégio Tancredo Neves; Umuarama – colégio Hilda T. Kamal; Telêmaco Borba – colégio Wolff Klabin; Pato Branco – colégio Pato Branco; Cornélio Procópio – colégio Cristo Rei; União da Vitória – colégio Lauro Mueller.