• Carregando...

374 perfis do Facebook têm conteúdo neonazista ou revisionista, que tentam negar os crimes praticados pelos nazistas.

A página no Facebook diz reunir eurodescendentes e fala contra miscigenação, judeus, homossexuais e feministas – "Hoje, nós brancos somos apenas 8% da população do planeta. Precisamos mais do que nunca preservar a nossa raça!". "Não conta pra ninguém que o presidente da França, que destruiu este país implantando o comunismo, o gayzismo, o feminismo, e abrindo a fronteira pros muçulmanos e africanos, é judeu."

Em um perfil que alega falar sobre história, mensagens duvidam do número de mortos no Holocausto e desfilam elogios a Hitler. Em um vídeo, um jovem gaúcho ataca as mulheres e desafia: "Se ela está de noite vestida como p., provocando, sabendo os riscos de ser estuprada. Bem feito, entendeu [bate palma]. Parabéns estuprador. Se é uma mulher que está usando burca, que tem o namorado do lado ou está às 10 horas da noite dormindo em casa, não é vagabunda baladeira, aí sim sou contra o estuprador. São casos bem diferentes. Estuprar feminista, lésbica, vagabunda, sou a favor sim. E se tu não gostou, me processa. Se isso é incitação ao crime, estou fazendo".

Esses são exemplos dos grupos que se manifestam na internet e nas redes sociais no Brasil. De acordo com levantamento da ONG SaferNet, foram identificados no Brasil 841 endereços com conteúdo neonazista na web em 2013 e o Facebook é onde esses grupos mais crescem. Entre 2011 e 2013, por exemplo, o número de perfis com conteúdo neonazista ou revisionista, que tentam negar os crimes praticados pelos nazistas, aumentou 237%, atingindo 374.

Com menos controle, o Or­kut, mesmo tendo caído em desuso, ainda é o ambiente virtual com maior presença deste tipo de página: 374 no ano passado. Nos demais sítios web, como blogs, foram identificados 231 endereços com conteúdo neonazista.

Segundo dados da Polícia Federal aos quais a SaferNet Brasil teve acesso, até setembro de 2013 existiam 204 inquéritos policiais instaurados em todo o país para investigar crimes de ódio e intolerância na internet.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]