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Terminou após 45 horas a rebelião promovida por cerca de 90 presos no Bloco 3 da Casa de Custódia de Maringá (CCM), no Noroeste do Paraná. Os últimos dois agentes penitenciários feitos reféns, de um total de sete, foram liberados por volta do 12h30 desta quarta-feira (31). Outros três presos, que também estavam em poder dos rebelados, foram libertados. Eles tiveram que receber atendimento médico, pois tinham ferimentos leves.

Logo após o término da rebelião, a Tropa de Choque entrou no local para vistoriar a ala, mas o trabalho ainda não tem prazo para ser encerrado. Logo após o término da rebelião, a Tropa de Choque entrou no local para vistoriar a ala, mas o trabalho ainda não tem prazo para ser encerrado. De acordo com o diretor geral do Departamento de Execução Penal (Depen), Cezinando Paredes, a maior parte das reivindicações dos presos será de fácil solução pois tratavam-se de problemas internos, como alimentação, atendimento médico e odontológico e assistência jurídica.

"Já fizemos os primeiros encaminhamentos para solucionar os problemas. A assistência jurídica realmente não estava sendo dada, então já contatamos a Defensoria Pública e passamos a relação dos presos para os defensores. A partir da semana que vem, serão levantados os benefícios e a progressão de regime a que alguns presos têm direito", explicou.

Em entrevista ao telejornal PRTV 1ª Edição, da RPCTV, o secretário de Segurança, Fernando Francischini, afirmou que não foi acordada a transferência de presos para o término do motim, sendo que a movimentação de detentos será feita exclusivamente por conveniência do governo daqui por diante.

Francischini informou ainda que uma facção criminosa foi responsável pelos presos feitos reféns na rebelião em Maringá. Ele disse que será criada uma unidade prisional de segurança máxima em uma tentativa de isolar o crime organizado que atua dentro dos presídios do estado. Uma unidade que já está pronta, mas ainda não é utilizada, deve cumprir esse papel.

A Casa de Custódia de Maringá tem 650 vagas e atualmente está com 636 homens. A rebelião acontece semanas depois de parte de a unidade ter sido reconstruída, após uma rebelião ocorrida em setembro de 2011. Na ocasião, os detentos reclamavam da demora no andamento dos processos, de maus tratos e da qualidade da comida.

Histórico

Essa é a 24ª rebelião em cadeias e penitenciárias no estado em 2014. Ao longo do ano, 53 agentes foram feitos reféns nesses motins, segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Anthony Johnson. "Alguma coisa está errada. Esperamos que o governo mude a estratégia e melhore as condições de trabalho para os agentes", afirmou.

Na terça-feira (30), Francischini reuniu-se com agentes penitenciários para ouvir as demandas da categoria. No encontro, foram discutidas questões referentes à infraestrutura das penitenciárias e à operacionalização do sistema prisional.

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