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Não bastassem os problemas com segurança, a estrutura de embarque e desembarque do quarto aeroporto mais movimentado do Sul do país sofre com a falta de previsão orçamentária para as reformas necessárias. Existe um projeto encabeçado pela prefeitura de Foz do Iguaçu e a superintendência local da Infraero, elaborado em 2005, que prevê um investimento inicial de R$ 17 milhões para fazer algumas melhorias. Mas não há verba para tirá-lo do papel.

A reestruturação garantiria mais conforto aos usuários, mesmo que fosse necessário utilizar a capacidade máxima do aeroporto – de 1,5 milhão de passageiros por ano – para o qual foi projetado. No ano passado foram 731 mil embarques e desembarques. O objetivo do projeto, segundo o superintendente da Infraero em Foz do Iguaçu, Joacir Araújo dos Santos, é tornar o terminal mais atrativo também para as companhias aéreas.

"A idéia é ter um aeroporto totalmente remodelado e moderno, como os de Curitiba, Porto Alegre e Recife, que são mais novos, tornando-o mais aprazível, afinal Foz do Iguaçu merece um tratamento diferenciado por ser um dos destinos mais procurados por estrangeiros no país", aponta. A ampliação da pista de pouso e decolagem, necessária para receber aeronaves de maior porte, ficaria para uma segunda etapa.

As melhorias previstas no projeto contemplam a implantação de um novo sistema de climatização (hoje parcial, atendendo apenas as áreas de embarque e desembarque), a remodelação dos espaços de check-in e a duplicação e construção da cobertura da pista reservada aos ônibus de turismo e vans. A área de embarque dobraria de tamanho, passando a ter capacidade para 600 passageiros, e o desembarque ganharia uma segunda esteira.

A proposta atenderia antigas reivindicações do setor turístico da fronteira. "Um aeroporto deficiente como este prejudica a imagem da cidade. Isso sem falar no número de eventos que deixam de ser realizados aqui por causa da dificuldade de acesso e o número de vôos reduzidos", aponta Paulo Angeli, presidente do Conselho Municipal de Turismo.

Estima-se que uma concorrência para o projeto executivo possa ser lançada em agosto. Entretanto, respeitada essa data, as obras só começariam dentro de um ano. Em novembro, a diretora de engenharia da Infraero, Eleusa Terezinha, disse que outros terminais tinham necessidades maiores. "Não é difícil liberar o recurso. Porém, agora temos que priorizar as nossas atividades. As obras que estamos fazendo no momento são em aeroportos já saturados, como Congonhas. Foz não se encaixa nisso. Tem problemas, mas está operando bem dentro da demanda", justificou na época. (FW)

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