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Desmatamento de mata nativa não é novidade no Centro-Oeste do estado, onde estão instalados os maiores assentamentos da reforma agrária da América Latina: Ireno Alves dos Santos, Marcos Freire e Celso Furtado, que reunem cerca de 3 mil famílias. De acordo com levantamento da organização não-governamental SOS Mata Atlântica, os assentados derrubaram, entre 1997 a 2002, 16 mil hectares da Mata Atlântica no município de Rio Bonito do Iguaçu. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) considerou esse o maior desmatamento em área contínua já feito no Brasil. O corte ilegal de madeira é facilitado pela fiscalização precária dos órgãos ambientais e do próprio Incra.

Levantamento feito pela Gazeta do Povo mostra que nos últimos dois anos 46 pessoas foram detidas nas delegacias de Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu – elas foram acusadas de extração ilegal de madeira nos assentamentos do Incra.

Há ainda outras prisões pelo mesmo motivo feitas pela polícia de Laranjeiras do Sul e pela Polícia Federal de Cascavel e Guarapuava. A última ocorreu em 12 de fevereiro, quando os policiais federais prenderam o empresário do ramo madeireiro Renato Hanel, de Campo Mourão. Ele foi solto depois de uma semana, com um alvará expedido pela Justiça Federal de Cascavel.

De acordo com a polícia, uma carga de toras de madeira (araucária ou pinus) é vendida dentro do assentamento entre R$ 400,00 e R$ 500,00. Elas valem até R$ 9 mil no mercado.

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