Justamente na área menos coberta pelos radares meteorológicos do Simepar, a Região Metropolitana de Curitiba e o Litoral sofrem constantemente com as consequências das chuvas intensas. Na capital e arredores, a grande quantidade de moradores, o solo impermeabilizado e as ocupações em áreas de risco resultam em estragos maiores em caso de precipitação concentrada. Já na proximidade com o oceano, é a Serra do Mar que funciona como uma barreira que “segura” a chuva, que encharca o solo e causa deslizamentos, como aconteceu em março de 2011, resultando em quatro mortes e muitos prejuízos.

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“Se tivermos a informação de quanta chuva ainda está por vir com uma antecedência de quatro horas, teremos tempo de mobilizar equipes e até retirar pessoas”, acredita o major Antonio Hiller, chefe da Defesa Civil do Paraná. Ele comenta que a cidade de Tóquio tem 80 radares. O meteorologista Cesar Beneti destaca que no Litoral do Paraná existem estações pluviométricas, que captam apenas as consequências dos fenômenos. Ou seja, medem a quantidade que já choveu. Em algumas situações, a medição posterior do volume de água não permite que sejam emitidos alertas com tempo hábil para que providências sejam tomadas na tentativa de evitar desastres.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente informou que enviou, em março, o pedido para que o Banco Mundial autorize a licitação para compra dos radares. O projeto prevê o investimento de R$ 7 milhões em equipamentos, R$ 600 mil para obras e R$ 1,2 milhão para os primeiros dois anos de operação. O valor seria gasto pelo governo estadual, que depois seria ressarcido pela instituição financeira. (KB)

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