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Em 2013, um mapeamento do Ministério Público de São Paulo mostrou que o Paraná é o segundo maior reduto do PCC no Brasil. Ano passado, o então secretário da Segurança Pública do Paraná Fernando Francischini disse, em entrevista, que havia cerca de 1.100 integrantes da facção presentes no estado. Após as revelações feitas pelos pesquisadores do NEV-USP, é possível suscitar dúvidas se a facção também pode ter influenciado a taxa de homicídios no estado.

Facção influenciou queda de homicídios em SP, afirmam especialistas

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Em 2015, o Paraná registrou 2.416 homicídios dolosos, o menor número dos últimos nove anos. Na capital, entre 2014 e o ano passado, houve uma queda de 21%. Recentemente a reportagem mostrou que as Unidades Paraná Seguro podem ser um fator de queda importante em Curitiba. Nos seis bairros onde elas foram instaladas, houve uma diminuição de 34% neste período.

“É uma tendência que pode se repetir em outros lugares. Claro que não dá para fazer a análise para o país inteiro, mas considerando que o Paraná é reconhecidamente o segundo estado segundo em numero de membros, tem sentido vincular esse fenômeno”, pressupõe Camila, ao lembrar da presença grande do PCC no Paraná.

Segundo ela, é uma pretensão do PCC se nacionalizar. Além do Paraná, há registros em vários estados, como Amazonas, Ceará, Santa Catarina. “Eles chegam no estado através de acordos com grupos locais. Dependendo da reação dos grupos locais, pode atingir uma dimensão violenta ou não. Em determinado momento se estabiliza e ocorre a tendência de queda”, explicou.

Ao contrário de Camila, Nery, embora admita ser possível presumir que o crime organizado possa atuar da mesma forma no Paraná, acredita que a mesma análise só possa ser feita após pesquisa local.

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