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A reintegração de posse da Escola Municipal Henrich de Souza deve ocorrer esta semana, segundo a Prefeitura de Piraquara. A ação de despejo está na dependência do oficial de justiça para retirar as famílias do ginásio de esportes da escola. De acordo com a procuradora-geral de Piraquara, Juliane Andréa de Mendes Hey, a juíza e o oficial de justiça sabem da urgência do caso mas um prazo para retirada ainda não foi definido.

A escola que iria retornar às aulas nesta terça-feira (8) teve que adiar a volta dos alunos por causa de 20 famílias que ocupam o ginásio de esportes do local. A prefeitura do município aguarda o oficial de justiça cumprir a liminar, que deve sair nesta semana, para retirar as pessoas do lugar.

O Ministério Público acredita que o ginásio, por se tratar de um bem público destinado aos alunos da escola, não é espaço para moradia e precisa ser desocupado. A presidente da Associação de Proteção e Desenvolvimento de Moradores de Piraquara, Maria Joana Trachinski, disse que as famílias não têm para onde ir. "Todos estão esperando a liminar da justiça para a polícia retirar os moradores", comentou. A presidente indicou várias áreas para remanejar as famílias, porém a prefeitura negou todos os pedidos alegando que os locais seriam irregulares.

As famílias desabrigadas estavam ocupando irregularmente uma área de preservação ambiental em Piraquara, no bairro Guarituba, em dezembro. O secretário de Meio Ambiente do município, Gilmar Clavisso, explicou que a prefeitura cedeu o ginásio de esportes da escola temporariamente para as famílias até dia 15 de janeiro, mas os desabrigados não cumpriram o prazo.

Com as famílias morando no local não haverá aulas. Segundo a secretária de Educação de Piraquara, Loireci Dalmolin de Oliveira, a reintegração precisa ser feita para não atrapalhar as aulas e os conteúdos da disciplina de Educação Física. "Nós estamos esperando a reintegração de posse porque não é possível iniciar as aulas se as famílias que estão lá lavam roupas e tomam banho no banheiro que seria utilizado pelos alunos. Se a ação de reintegração acontecer durante as aulas, a questão de segurança dos alunos também ficaria prejudicada", explica.

Remanejamento

Das 400 famílias que moravam em áreas irregulares, cerca de 60 delas foram morar no ginásio de esportes temporariamente, segundo informações da prefeitura. Atualmente são quase 20 famílias que moram na escola. O prefeito de Piraquara, Gabriel Jorge Samaha, espera dar toda assistência as famílias desabrigadas, mas não pode garantir moradia. "Não podemos colocar estas pessoas no começo da fila do projeto de habitação da cidade, isto seria um desrespeito com aqueles que estão na fila por mais tempo", relata Samaha.

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