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O reitor da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Wilmar Marçal, e o procurador jurídico da instituição, Ruy Carneiro, acusaram ontem o diretor-superintendente do Hospital Universitário (HU), Francisco Eugênio, e o diretor-administrativo Hilário Nunes Júnior de não tomarem providências contra fraudes no cartão de ponto eletrônico cometidas por médicos do órgão. A fraude foi divulgada na segunda-feira pelo vice-reitor da UEL, César Caggiano.

Ontem, em entrevista coletiva, Marçal e Carneiro detalharam como seis médicos plantonistas, dois deles professores, foram flagrados pelas câmeras de vigilância do HU. O salário dos plantonistas é de R$ 6 mil para 144 horas mensais.

Marçal pediu perdão à população que deixou de receber atendimento no HU em razão dos médicos que recebiam sem trabalhar. "Lamento o egoísmo e a ganância dessas pessoas, que prejudicaram o atendimento em um hospital que serve a uma grande população carente", afirmou.

Análise

Uma auditoria interna analisa 80 gigabytes de imagens armazenadas. Foram exibidos três vídeos em que dois médicos e uma médica aparecem cometendo infrações. Um flagrante do dia 15 de maio deste ano, às 7h42, mostra que, em três minutos, um médico entra no HU, passa o cartão e vai embora em um carro importado. Em outro vídeo do mesmo dia, uma médica passa dois cartões de ponto. O terceiro mostra um médico que passa cinco cartões, em três locais diferentes. Todos são investigados e podem ser demitidos.

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