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A poucos dias da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, chegou a Roraima o relator da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos dos povos indígenas, James Anaya. O primeiro compromisso do relator foi conhecer a área e ouvir as lideranças indígenas que querem a expulsão dos arrozeiros da região.

Anaya foi recebido na região do Surumu, na Raposa Serra do Sol, por lideranças ligadas ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), que defende a homologação contínua da reserva. Ele estava acompanhado por uma representante do alto comissariado da ONU. A região do Surumu é atualmente um centro de formação de cultura. O local foi destruído por um incêndio criminoso em 2005.

A comitiva almoçou no centro cultural. Após o almoço, os índios conversaram com o relator da ONU. Ainda em 2008, Anaya deve apresentar um relatório sobre os povos indígenas do Brasil.

O relator da ONU elogiou a constituição brasileira e disse que é avançada em relação aos direitos indígenas. Ele afirmou que o documento serve de exemplo para outros países.

Em Boa Vista, o relator da ONU foi recebido pelo governador de Roraima, José de Anchieta Júnior. Segundo Anaya, a intenção é manter um diálogo de cooperação entre os governos estadual e federal e as lideranças indígenas.

Ele reforçou que respeita o poder judiciário do país e não veio interferir na decisão do STF sobre a reserva. O STF vai votar a homologação no dia 27 de agosto.

O presidente da Sociedade dos Índios Unidos do Norte de Roraima (Sodiur), organização indígena contrária a homologação contínua da Raposa Serra do Sol, reclamou que não foi ouvido pelo relator da ONU.

Os índios da Sodiur conseguiram entregar uma carta a James Anaya, onde repudiam a visita do representante da ONU, que segundo eles só ouviu um lado da história.

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