Indignação

PSol faz protesto em frente ao Congresso

Manifestantes e parlamentares do PSol entregaram ontem um abaixo-assinado com cerca de 60 mil assinaturas em favor da renúncia do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao segundo-vice presidente da Casa, Álvaro Dias (PSDB-PR). O partido realizou um ato político no gramado em frente ao Congresso, com cerca de 50 pessoas, como parte da campanha "Fora Renan".

Críticas

Em entrevista, a presidente do PSol, Heloísa Helena (AL), rebateu a afirmação de Renan que atribui a disputas regionais de Alagoas as novas denúncias contra o peemedebista – de que teria usado laranjas para comprar um grupo de comunicação no Estado. "Só o desespero poderia levar alguém a apresentar desculpa tão esfarrapada quanto esta", declarou a ex-senadora.

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Brasília – Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta discrepâncias na movimentação financeira do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A análise está em poder do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza. O relatório do Coaf não deixa claro o grau de importância das divergências encontradas na movimentação financeira do senador. As informações estão sendo confrontadas com outros dados obtidos pela Procuradoria-Geral.

Para ampliar a investigação, o procurador pediu à Polícia Federal (PF) cópia do laudo que o Instituto Nacional de Criminalística (INC) está fazendo de papéis apresentados por Renan ao Conselho de Ética do Senado como parte de sua defesa – entre outras denúncias, ele é acusado de ter contas pagas por um lobista. O primeiro laudo da PF apontou inconsistências nos documentos dele e a tendência do novo laudo é reafirmar essas falhas.

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O empresário João Lyra anunciou ontem que se dispõe a contar detalhes ao corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), sobre a sociedade secreta que manteve com Renan na JR Rádio Difusora de Alagoas. Lyra não quis falar no Senado. Tuma irá a Maceió ouvir seu depoimento.

Em discurso no plenário, Renan negou a sociedade com Lyra. Ele também tentou desfazer o mal-estar com os rumores de que estaria tentando intimidar colegas, como os líderes do PDT, Jefferson Peres (AM), e do DEM, José Agripino (RN).

No Conselho de Ética, a intenção dos relatores do processo contra Renan – Renato Casagrande (PSB-ES), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Almeida Lima (PMDB-SE) – é de convidá-lo para depor já na próxima semana. Renan deverá ser notificado tão logo os relatores recebam o resultado da perícia da PF. A segunda representação contra Renan, sobre sua suposta participação em negócio do irmão, deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), com a cervejaria Schincariol será relatada pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan.