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Brasília – O relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas que será apresentado até 18 de agosto deverá trazer os nomes de todos os 90 parlamentares acusados de envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Na semana que vem, a cúpula da comissão de inquérito vai se reunir para definir quais os critérios que serão adotados no relatório preliminar para punir os parlamentares que participaram do esquema.

Uma das propostas é classificar por grau de envolvimento e de provas cada um dos 87 deputados e 3 senadores que já foram notificados pela CPI para apresentarem suas defesas.

O relatório preliminar deverá pedir a cassação do mandato dos parlamentares mais envolvidos com o esquema dos sanguessugas. Segundo um integrante da CPI que teve acesso a todos os documentos, não há elementos para pedir a cassação apenas de 10 a 15 parlamentares do total de 90 notificados pela comissão. Ao lado do nome de cada um dos 90 deputados e senadores, o relatório vai trazer as provas que existem contra cada um dele e também a defesa apresentada. Técnicos da comissão de inquérito já começaram a fazer um resumo das explicações dadas por cada parlamentar para seu suposto envolvimento com a máfia das ambulâncias.

Há um corrente na CPI dos Sanguessugas que defende, no entanto, a elaboração de um relatório mais light, sem o pedido de cassação de parlamentar. Esse grupo da comissão de inquérito quer apenas responsabilizar os parlamentares e encaminhar o relatório às Mesas da Câmara e do Senado, que decidiriam quais o casos são passíveis de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), faria parte da ala da comissão que quer um parecer tênue, sem o pedido de condenação de nenhum parlamentar.

Além do nome dos 87 deputados e três senadores, o relatório preliminar da CPI dos Sanguessugas vai trazer o nome de 26 ex-parlamentares acusados de envolvimento com a máfia e que aparecem nas investigações do Ministério Público, da Polícia Federal e foram citados por Luiz Antonio Trevisan Vedoin, um dos donos da Planam.

"É importante pôr o nome dos ex-parlamentares porque muitos deles são candidatos nas eleições e sociedade tem o direito de ter o conhecimento disso", disse o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ).

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