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- Nazah Cherif Youssef, 38 anos, intensivista e neurologista do HC, trabalha até 14 horas por dia. Faz pesquisa científica, mas também queima a pestana montando a escala de plantão do HC. Tem segundo emprego no Hospital das Nações. Em casa, depois das 19, 20 horas, estuda. Acha positiva a inclusão de uma médica no papel principal da novela das oito. "Pena que a Helena da Regina Duarte parece ter todo o tempo do mundo", diverte-se.

- Édson Tristão, 54 anos, ginecologista e obstetra no Hospital de Clínicas, tem quase 30 anos de profissão. É hipertenso e hoje se força a fazer caminhadas no Parque Barigüi. Trabalha 13 horas/dia. Há uma década não faz uma viagem longa. É fã do seriado Plantão Médico. "Nessas horas, eu vejo que o fascínio pela Medicina permanece." Anda preocupado: "Cada vez há menos residentes na obstetrícia. Os médicos estão acuados pelos processos."

- Paulo Roberto Cruz Marchetti, 53 anos, cardiologista, trabalha até 14 horas por dia. Tem um plantão fixo por semana e um de 24 horas por mês. Dá aulas na UFPR, atende consultório três vezes por semana e atua na UTI do HC. É médico há 28 anos. Tem hipertensão há três. Lazer: seriado Sala de Emergência, do canal Discovery. "Não, não sou fã do Plantão Médico. Se eu parecesse com o George Clooney, minha vida seria o máximo", diverte-se.

- Luiz Carlos Von Dahten trabalha no Hospital Cajuru e na Pontíficia Universidade Católica do Paraná. Falta-lhe tempo para o lazer. "Cinema, esportes... é quase uma utopia." São cerca de 12 horas de labuta por dia e a remuneração dada pelo SUS vale uns trocados. A maior ansiedade é estudar – insiste. Mas por menos de R$ 15 mil não é possível ir a um congresso internacional. "Manter-se na raia equivale a trabalhar mais e mais", comenta.

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