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A Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba, que fica na Praça Tiradentes, tem dois relógios mecânicos. Cada um numa das torres da igreja, os objetos possuem o número quatro gravado com a antiga grafia: IIII. Esse foi o primeiro relógio mecânico instalado em Curitiba, em 1870. | Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
A Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz de Curitiba, que fica na Praça Tiradentes, tem dois relógios mecânicos. Cada um numa das torres da igreja, os objetos possuem o número quatro gravado com a antiga grafia: IIII. Esse foi o primeiro relógio mecânico instalado em Curitiba, em 1870.| Foto: Jonathan Campos / Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • O Paço da Liberdade, na Praça Generoso Marques, já foi a sede da Prefeitura de Curitiba durante o mandato de 42 prefeitos. Hoje é administrado pelo SESC e tem três relógios: um na frente e um em cada lateral da torre. Os relógios são mecânicos e com números arábicos. Eles foram instalados no local para marcar a hora oficial de Curitiba. Antes, a pontualidade curitibana era marcada pelo relógio da Praça Osório.
  • Por volta de 1834, uma parte da Igreja da Terceira Ordem de São Francisco das Chagas desabou. A completa restauração se deu em 1880, por ocasião da visita do imperador D. Pedro II. Na torre da igreja há um relógio de números romanos, que também tem grafado o número IIII.
  • O relógio existe desde que a Vila Capanema foi construída, nos anos 1940. Em 1950, o estádio recebeu dois jogos da Copa do Mundo. Segundo o historiador Luís Fernando Pereira Lopes, o objeto é uma inovação para a época.
  • Localizado na Praça Garibaldi, no setor histórico, o Relógio das Flores foi oferecido por joalheiros de Curitiba em 1972. Ele tem oito metros de diâmetro e os ponteiros são confeccionados em fibra de vidro. O relógio funciona baseado na emissão vibrátil do quartzo, cujo acionamento se dá pelo envio de impulsos eletrônicos de um relógio-comando instalado na Igreja do Rosário. A assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba informou que equipamento tinha ficado parado por um período, mas um reparo e limpeza foram realizados nele. Segundo o órgão, o relógio está funcionando normalmente há duas semanas.
  • O relógio fica em um pedestal na entrada da Praça Osório, com um lado voltado para a praça e outro para a Rua das Flores. Ele foi instalado em 1914, mas ficou no local apenas como um totem durante quatro anos, pois seu mecanismo, encomendado na Alemanha, somente chegaria após o término da Primeira Guerra Mundial, em 1918. O relógio marcava a hora oficial de Curitiba até a construção do Paço da Liberdade, que abrigou a Prefeitura da Cidade. O relógio da Praça Osório foi restaurado em 1993. Ele conta com algarismos romanos e o número 4 é grafado à moda antiga: IIII.
  • Há um relógio mecânico com números romanos no alto do prédio da Santa Casa de Misericórdia de Curitiba. O hospital foi inaugurado em 1880 pelo imperador Dom Pedro II. Uma curiosidade sobre o relógio é a grafia do número 4, que aparece como IIII, diferente do IV usado atualmente. O som de seus sinos era ouvido até no bairro do Batel. O mecanismo ainda funciona e os sinos tocam a cada hora.
  • No topo da extinta Farmácia Stellfeld, na Praça Tiradentes, há um relógio solar. Quem tiver curiosidade para conhecê-lo, fica entre as lojas Pernambucanas e Xiquita e é o relógio mais antigo instalado na capital. Segundo o historiador Luís Fernando Lopes Pereira, foi uma construção bastante ousada para a época em que foi construída, no século XIX. O relógio marca as horas baseado na posição do sol.
  • No prédio da Federação Espírita do Paraná também há um relógio solar. Funciona assim: o Sol projeta sua sombra sobre a superfície com linhas que indicam as horas do dia. Uma haste com uma ponta fina, ou afiada, é colocada de certa forma sobre o relógio para que, quando o Sol se mova, a sombra da haste se alinhe com as diferentes linhas das horas. Todos os relógios de sol devem ser alinhados com o eixo de rotação da Terra, para que produza uma medição precisa da hora correta.
  • Quem passa constantemente pela Rua 24 Horas já deve ter reparado que os relógios que ficam nas duas entradas são um pouco incomuns. Eles marcam o tempo em 24 intervalos, ao invés de 12, como os relógios tradicionais. Além disso, os objetos são iluminados e comandados por uma central eletrônica a quartzo.
  • No alto do prédio da antiga Estação Ferroviária de Curitiba, que hoje abriga um museu dentro do Shopping Estação, está um relógio com números arábicos. Dentro do relógio há uma segunda numeração interna em vermelho, que vai do 13 ao 24.
  • Os quatro relógios instalados na torre do Embratel Convention Center são de 2004, quando a reforma do Shopping Estação foi concluída. Os algarismos são em números romanos.
  • O relógio que fica no topo da torre da Paróquia Nossa Senhora das Dores, também conhecida como Igreja dos Passarinhos, é original do Rio Grande do Sul. O equipamenro foi desenhado especialmente para a igreja. A paróquia foi fundada em 1952 e o relógio fazia parte do projeto da obra.
  • O relógio que fica dentro do Shopping Estação também faz parte do projeto original da antiga Estação Ferroviária de Curitiba. O objeto é original e tem a numeração em algarismos arábicos. Dentro do relógio há uma segunda numeração interna em vermelho, que vai do 13 ao 24.
  • O relógio que fica na torre da Igreja Bom Jesus dos Perdões, na Praça Rui Barbosa, é importado da Alemanha. O artefato foi instalado no dia 23 de dezembro de 1933, quando foram trocados pela primeira vez os sinos da torre. O relógio marca um quarto de hora e hora cheia, de acordo com o responsável pela igreja, Frei Alexandre Magno Cordeiro. A última manutenção foi realizada há dois anos, e de acordo com Frei Alexandre, a comunidade reclamou por causa dos dias parados do artefato.

Quem costuma passear por Curitiba já deve ter reparado nos relógios espalhados pela cidade. Tem com algarismo arábico, com algarismo romano e até relógio solar. O objeto mais antigo é o da Catedral, na Praça Tiradentes, de acordo com o historiador Luís Fernando Lopes Pereira.

A maioria dos relógios expostos pelas ruas da capital é do século XIX. Segundo Pereira, aquela foi a época em que os artefatos mecânicos e a contagem das horas eram moda. "É o espírito da época, de contagem do tempo", diz. A frequência com que os artefatos aparecem em igrejas também tem explicação. "Era uma forma de se 'apropriar' das horas", afirma o historiador.

A era da contagem das horas deixou uma bela herança para Curitiba. Alguns relógios vieram de longe, como é o caso do objeto que fica na Rua Riachuelo, original da Alemanha. Mas ele não é o único que veio do país germânico. O relógio da Igreja Bom Jesus dos Perdões, na Praça Rui Barbosa, tem a mesma origem.

Confira a história de alguns relógios espalhados pela cidade:

Veja alguns relógios que estão espalhados pela cidade

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